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Os jornais acabaram há muito com o pluralismo e com a variedade de vozes. Uma parte muito significativa – ou pelo menos a parte mais audível – dos meus camaradas jornalistas de política e de economia no activo pouco se distingue de correntes transmissoras de uma ideia única.
O grosso do comentário que fazem é de uma pobreza confrangedora, repetido uns dos outros, alicerçado em lugares comuns, em preconceitos e em agendas com que convivem acriticamente. O único que vi a prever o Governo que hoje temos foi, aliás, despedido pouco depois - o que deve querer dizer qualquer coisa.
Quanto aos directores são quase sempre os mesmos, em quase todos os lugares. Há mais de dez anos, um grupo quase fechado a dançar entre as mesmas cadeiras. E, apesar de focos de qualidade aqui e além, o geral do produto jornalístico é abaixo de cão. E as vendas também não são famosas. Com os que estão, meço as palavras, não se cumpre (nem cumprirá) a obrigação constitucional de informar.
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