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Depois do 25 de Abril, dois cardeais intervieram durante anos na vida pública e política portuguesa. Sempre sem tomarem continuado e notório partido por uma das partes. Mesmo que o seu natural os inclinasse a umas opções e não a outras. Com Manuel Clemente, alguma coisa se alterou em termos de equidistância.
Um certo clima florentino coincidente no tempo com as vésperas da sua subida à púrpura cardinalícia já não prenunciava um magistério particularmente exaltante. Nas vésperas da escolha, o conservador Carlos Azevedo - principal opositor do hoje cardeal - foi atingido por informações e rumores mantidos a circular inclusive por gente inesperada.
Ao engrossar a voz de uma tendência da Igreja - que já nem é muito recente (aqui e aqui) - o cardeal-patriarca de Lisboa apoiou os colégios com contrato de associação: Os pais dos alunos do privado "também financiam as escolas estatais", disse.
A igreja do Papa Francisco não parece ser a mesma de Manuel Clemente, um cardeal de discurso demasiado cesarista, agora confundível com o dos proprietários dos colégios privados.
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