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Critérios e singularidades estatísticas

por Tempos Modernos, em 01.01.17

O Futebol Clube do Porto queixa-se de lhe terem sonegado mais de uma dezena de penáltis esta temporada. Ainda hoje, um futebolista, Felipe, defende na primeira página do jornal O Jogo que "os árbitros têm de ter mais cuidado".

 

De acordo, mas há um problema. Da última vez que reparei eram doze penáltis por marcar a favor da equipa, quase tantos quantas as jornadas já jogadas. Não quer dizer que não aconteça, mas quer-me parecer que, no mínimo, constituirá uma apreciável singularidade estatística. Quantas equipas haverá em todo o mundo que marquem um penálti por jogo?

 

Por outro lado, no jogo do Benfica com o Paços de Ferreira para a Taça da Liga, que os encarnados venceram pela margem mínima, já perto do fim, num canal televisivo, Fernando Mendes, ex-futebolista afecto ao Sporting, a comentar o jogo em directo, considerou que talvez tivessem perdoado um penálti cometido por Jardel, um dos defesas centrais benfiquista.

 

Na confusão, não se percebeu, eu pelo menos não percebi, qual a opinião do árbitro em estúdio, e nem sequer a dos outros comentadores. A seguir, noutro canal, Manuel Queirós, jornalista portista, vincou ter faltado assinalar um penálti contra o Benfica nesse jogo.

 

Não dei pela jogada em nenhum dos resumos que vi da partida. Das duas uma, ou não foi assim uma jogada tão polémica quanto pareceu aos dois comentadores adeptos - caso a falta fosse marcada e concretizada empataria o jogo -  ou então foi deliberadamente omitida. Admito que possa ter passado nalgum outro canal que não vi.

 

Mas o que vi, entretanto, foi um resumo do empate do FC Porto com o Feirense. E aí houve uma jogada deliberadamente omitida. A de um hipotético erro, um penálti perdoado, que poderia ter conduzido à derrota da equipa do Porto.

 

Mas não sem que sem antes, em voz off se assinalasse um penálti por marcar quando um remate de Herrera fez a bola tocar na mão de um defesa do Feirense deitado por terra dentro da grande área. 

 

Confesso que, desde Abel Xavier, tenho alguma dificuldade em distinguir uma mão na bola de uma bola na mão. E nem sei o que diz a regra.

 

Todavia, pouco depois, uma bola chutada por um pacense, tocou na mão de Boly, defesa central do Porto, também dentro da área. E o Paços de Ferreira reclamou grande penalidade.

 

No resumo do canal televisivo em causa, o repórter vincara a falta de marcação de um penálti a favor do FC do Porto no lance com Herrera. Mas agora esquecia-se de referir o lance de Boly. Critérios.

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publicado às 12:07



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