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Primeiro, Marcelo Rebelo de Sousa atirou Schäuble, ministro das Finanças alemão, para a categoria dos intriguistas de jornal.
"É uma repetição. É talvez a quarta ou quinta vez em que quando estamos a oito dias de uma decisão europeia, sobre qualquer país, não é só Portugal, começa a haver notícias nalguns jornais, declarações aqui e aciolá, especulações aqui e acolá, vai acontecer, não vai acontecer. Mas já não é a primeira vez. Se virem bem, isto é um filme que nós já vimos. Já é para aí a terceira, quarta ou quinta vez que assistimos a isto. E portanto deve ser encarado e relativizado. Faz parte da lógica da política e da lógica da especulação político-económica ali, nos últimos dias antes de uma decisão, haver as notícias e comentários mais variados"
Depois, perante a insistência no assunto de um burocrata alemão - o diretor do fundo europeu de estabilidade, Klaus Regling - que se declarou mais preocupado com a situação de Portugal que com o Brexit ou com os refugiados, o Presidente da República mostrou compreensão com o pobre homem.
"Faz parte da natureza humana às vezes ter preocupações assim estranhas ou inesperadas, mas temos de respeitar as preocupações de cada qual sendo que estamos em véspera de uma decisão sobre Portugal (ou sobre outros países) relativamente à sua situação financeira nós assistimos sempre às mesmas preocupações a uma certa distância e não é deste governo, já no governo anterior. Portanto, faz parte da vida convivermos com essas preocupações e saber distinguir entre aquilo que é mesmo motivo de preocupação ou aquilo que é uma forma de pressão a cinco ou seis dias de uma decisão."
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