Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Há dias, ouvi um painel na área da economia, com um habitual moderador, jornalista profissional, mas indisfarçável temeroso da situação, com dois convidados. Um reconhecido moderado e preocupado por ter uma leitura do OE completamente destrutiva, arrasadora e exibindo como é seu hábito o tom de uma “pitonisa” que prevê para muito breve o caos, o tsunami da economia portuguesa. E mais me perturbou como o moderador deu mais corda a este comentador e conclui: pois é, brevemente, cá estaremos para o doutor comentar essa desgraça.
Sinceramente, eu penso que os jornalistas têm de praticar a isenção. E muito especialmente aceito que, em especial os economistas com competência e saber para analisar a verdade crua e nua da realidade da economia portuguesa, não criem ilusões. Mas sobrepor o receio do desastre à procura dos caminhos e atitudes que podem contribuir para “travar” ou ultrapassar esta difícil situação sabe a uma certa doentia preconcepção. Nunca no valor da ética jornalística a liberdade de opinião pode soçobrar ao calor da responsabilidade.
Tags:
publicado às 08:53
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
mais tags