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A Espanha anda desde 20 de Dezembro para formar Governo.
Para permitir por cá a nomeação mais céleres dos executivos, uma veterana do jornalismo político português insinuava, em Novembro, uma revisão de prazos constitucionais.
Como se os emperramentos propositados de Cavaco tivessem origem no texto da Constituição. Lendo-a apenas vê-se como a rapidez de nomeação nada tem a ver com a Lei Fundamental. E, em contraponto, como são frágeis as bases em que assentam tantas opiniões do jornalismo político.
É apenas conversa velhinha e ideológica de jornalistas e comentadores políticos, uma gente que se especializou na política nacional sem ter lido a Constituição e sem perceber das coisas da política muito mais que as pequenas intrigas, tricas e jogos.
Podia vir desta ignorância essencial a ideia de ensinar a Constituição na escola, uma lembrança que faz convergirem um bom amigo meu e o Presidente da República.
O flagelar do que é português tem séculos. Desde que me lembro, não páram as críticas ao tempo que em Portugal se demora a formar Governo. Só que até temos na Constituição um bom motor de rapidez de nomeação de governos.
Os prazos fixados são expeditos, haja quem ache dever acelerar. Como acham tantos jornalistas e comentadores - os mesmos que depois avançam modelos estrangeiros. Com desconhecimento do que afirmam (o mesmo desconhecimento que da constituição teria a veterana jornalista política). E com o azar que se vê no comparar com exemplos recentes.
A Espanha anda desde 20 de Dezembro para formar Governo. Ainda se pode dizer ser problema ibérico, dos povos do sul. Mas com a eficaz Alemanha andou-se ao mesmo.
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