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Alguns líricos da profissão dizem que a existência de muita informação, inclusive nas redes sociais, em nada substitui o jornalismo. O jornalismo garante o rigor que toda essa informação disponível não garante.
Numa estação de televisão, na sequência da comunicação de Costa sobre o Banif, fazia-se o resumo dos tweetts do dia. Num deles, um tal Mamede, não apanhei a identificação completa, admirava-se com Jerónimo de Sousa que ouvira a elogiar, ou pelo menos a aprovar, a solução do Governo PS para o banco. O tuítador reforçava a ideia ao dizer que já não o espantaria ver a Festa do «Avante!» patrocinada pelo Pingo Doce.
Desconfiei. Só ouvira Jorge Pires, da comissão política do PCP, falar sobre o assunto, em tom e substância bem longe da leitura feita no referido tweett. Também não dera com declarações do secretário-geral comunista sobre a solução de Costa e de Centeno - o que aliás se confirma visitando o sítio do partido.
Dois dias depois, a 23 de Dezembro, o PCP rejeitaria a solução do Governo ao votar contra o Orçamento Rectificativo de 2015. Ou seja, uma graçola falsa numa rede social aproveitada pelo jornalistas sem espírito crítico ou preocupação de rigor, verificação de consistência e de veracidade.
O resultado foi uma informação falsa dada aos espectadores pelos jornalistas. Será de admirar que cada vez menos gente leia jornais?
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