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Com Cavaco decididamente não dá. O algarvio é como um Benfica em fim de campeonato. Há sempre uma qualquer areia a emperrar-lhe a engrenagem. Nada lhe sai bem.
O Conselho de Estado - de cuja marcação se soube através da inconfidência de Marques Mendes, sem que outros conselheiros tivessem sido informados - foi marcado para o Dia dos Açores. Vasco Cordeiro, presidente do Governo regional, não assiste à reunião, pois claro.
Há muito que Carlos César usa com Cavaco uma linguagem musculada. Mas, mesmo que o antigo presidente do Governo regional açoriano se queira posicionar na corrida a Belém, não foi ele que marcou a data.
A data escolhida não evidencia apenas incompetência dos serviços da Presidência. Mostra também a atenção que autonomias e unidade nacional merecem ao actual inquilino de Belém. Logo ele que, em 2008, alarmou os portugueses ao decidir falar-lhes em directo sobre o Estatuto Político-Administrativo dos Açores - único assunto que em dois mandatos lhe mereceu tal dramatização.
(Foto: dn.pt)
Nas vésperas da comunicação presidencial sobre o estatuto político-administrativo dos Açores, em meios da JSD sugeria-se que a declaração de Cavaco poderia estar relacionada com o seu estado de Saúde. Afinal, a montanha pariu um rato e a coisa arrumou-se na gaveta dos rumores.
Ontem, depois de cerca de dois meses sem dar públicos sinais de actividade - a agenda oficial e o facebook não contam -, Cavaco voltou a intervir, no seguimento de um artigo de opinião saído no Público onde se punha em letra de forma a hipótese de o Presidente da República estar incapacitado para o exercício das suas funções.
O inquilino de Belém não pareceu doente. Mas, com a crise que o país e a Europa atravessam, não seria boa altura para andar a brincar ao Senhor Presidente do Conselho Caiu da Cadeira. Nem sequer para deixar no ar resquícios, por mínimos que sejam, de que o rumor pode ter razão de ser.
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