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(Foto: agroportal.pt)
Berta Cabral que nas regionais açorianas tentou descolar-se da governação de Passos Coelho entra no Governo em registo de remodelação a conta-gotas e pela pasta da Defesa.
Lima Coelho, da Associação Nacional de Sargento, duvida da escolha: Berta cabral não é "propriamente uma pessoa da área da Defesa" e isso provocará "atrasos".
Pelo lado dos oficiais e da Associação dos Oficiais das Forças Armadas, saiu bojarda sexista. Manuel Cracel acha que o facto de ser uma "senhora" a assumir o cargo pode ter vantagens.
A "condição feminina" pode trazer "outra sensibilidade", diz o coronel da Força Aérea, talvez até convencido de estar a defender a igualdade entre os sexos.
(Foto: dinheirovivo.pt)
Maria João Rodrigues, que noutra encarnação foi ministra do Trabalho de António Guterres, acaba de sugerir a Júlia Pinheiro que Portugal devia encher a orla marítima com parques eólicos (produzindo e vendendo energia, como terá feito a Dinamarca) e estações de aquicultura para produção de peixe em condições mais próximas das naturais.
Para qualquer das coisas necessita de engenheiros e arquitectos navais. Uma percentagem altíssima, são pouco mais de duas centenas e conheço-os a quase todos, está no estrangeiro. Quanto a estaleiros navais, capazes de construir esse tipo de equipamentos, o Executivo aliena-os como se vê com os de Viana do Castelo, unidade industrial tutelada pelo Ministério da Defesa.
Já a ministra Assunção Cristas, embora tenha a pasta do Mar, só trata das pescas. Mas como se viu há dias está mais voltada para a importação de equipamentos electrónicos e máquinas marítimas.
Em Portugal, anda esta gente toda a falar de mar há não sei quantos anos só que os decisores políticos ainda nem sequer foram capazes de perceber o que é que precisam de ter. Aqui há tempos o Executivo anunciou o lançamento de um sítio na internet onde se pudesse apresentar ideias mas nem isso avança.
(Foto: sol.sapo.pt)
Bem antes de Juan José Millás ter escrito Un Cañon en el Culo já se tinha referido por cá [Atenção que a imagem é bastante violenta e pode ferir susceptibilidades] que por ameaças menores do que a da tróica muitos países tinham partido para a guerra
Aguiar Branco pode sempre acusar comentadores de constituirem uma ameaça à segurança nacional. Haverá comentadores que consideram o Governo a que pertence mais rápido e eficaz a destruir Portugal que uma hipotética ameaça externa.
Assunção Cristas ainda não teve tempo de deitar cá para fora a lei orgânica do seu super-ministério, um concentrado megalómano com competências na Agricultura, Mar, Ordenamento do Território e Ambiente. E isto pese embora saber-se que andam passeando por outras mãos alguns dos presumíveis pelouros da estrelinha ultra-católica do CDS-PP.
Miguel Relvas ficou-lhe há dias com os restos mortais da Frente Tejo, uma cena de requalificação ribeirinha que se a governação fizesse sentido deveria pertencer ao Ordenamento, território da ministra. Em simultâneo, na Defesa, Aguiar Branco vai-se entretendo com os assuntos dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Ora, como se sabe, barcos são coisa que nada tem a ver com Mar, verdade?
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