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Passos Coelho nunca viu mal em Trump

por Tempos Modernos, em 13.11.16

Todos conhecemos demasiada gente que se dizia enganada por Passos Coelho e pelas propostas que o levaram ao Governo pela primeira vez.

 

E, por algum motivo, cerca de um milhão de eleitores debandou da primeira vez que o então primeiro-ministro (com o CDS-PP) foi a votos para legislativas. Cada um terá um motivo bem pessoal para não ter votado nos partidos da coligação. Mas, ainda assim, haverá demasiada gente a fazer leituras esquemáticas da política.

 

Quando Passos Coelho afirma nunca ter embarcado "na ideia de que Trump é tão mau que tinha de ser derrotado" está a relativizar propostas de índole autoritário, quase fascistas. A caucionar ideias racistas, anti-imigração, sexistas, de agressão às minorias, que nem sequer serão as suas.

 

Infelizmente, este não embarque de Passos Coelho, esta contemporização com ideias perversas e perigosas, tem demasiados cultores  quer no seu partido, quer na comunicação social. E há quem o diga mesmo dentro do próprio PSD do ex-primeiro-ministro.

 

Da próxima vez que forem votar, os mesmo eleitores que há pouco se diziam enganados, terão isto em conta? Duvida-se muito. Há-de estar lá outro alguém a dar a cara, e as pazes serão feitas. Já nem se lembrarão do relativizar de ataques racistas, sexistas e outros. Se é que relamente acham estas questões importantes.

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publicado às 12:16

Os defesores da via não democrática

por Tempos Modernos, em 27.10.13

Num sítio onde a decência cívica fosse valorizada e onde a falta de vergonha na cara fosse condenada, nenhum jornalista digno desse nome iria ouvir Vitor Bento a defender o aprofundamento dos cortes nos salários e despesas sociais com os seus concidadãos.
Como foi amplamente divulgado na ocasião, o sucessor de Dias Loureiro no Conselho de Estado esteve dez anos ocupando um lugar na banca privada. No final dessa licença sem retribuição, ou lá qual era a figura jurídica que se encontrou para fazer o jeito, Bento voltou ao lugar de origem no Banco de Portugal para ser promovido por mérito e acabar reformado com uma pensão mais alta.

Nada mau para o homem que Cavaco nomeou para suceder ao também seu Dias Loureiro no Conselho de Estado. Um Vítor Bento defensor empenhado do Governo de Passos Coelho e Paulo Portas. Do mesmo Governo que ainda agora informou os professores do ensino secundário que não há subsídios de despedimentos, pré-reformas ou regresso ao Estado para ninguém se aceitarem rescindir os vínculos contratuais. 
Um Faz aos outros, o que nunca fizeste a ti que integra o conselheiro presidencial nessa oligarquia sinistra, medíocre e cúpida que circula e divide entre si lugares na banca e à sombra do Estado português.

Na quinta-feira, Vítor Bento escreveu para o Público um artigo onde, como virgem impoluta que nunca tivesse sido picado pela asquerosa ideologia, cavalga e reforça a histérica fatwa anti-constitucional conduzida pela Comissão Europeia, pelo FMI, por domésticos barretos.

Pela prosa do homem percebe-se que não faz a mínima ideia do que é um Estado de Direito, do que seja uma Democracia ou sequer a separação de poderes - uma coisa pensada (como toda a gente sabe) lá no longínquo século XVIII pelo barão de Montesquieu.

Que Cavaco se tenha rodeado de tais cabeças apenas escancara a dimensão da tragédia em que nos deixámos envolver.

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publicado às 17:11


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