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Sempre preocupado com os custos da democracia, o Correio da Manhã "revela", como se não fosse público e estivesse no maior secretismo, quanto irá ganhar cada presidente de Câmara.
Pelos jornais, blogues e redes sociais multiplicam-se os comentários contra o dia de reflexão pré-eleitoral. Como se da existência desse dia viesse algum mal ao mundo, ao país, ao civismo, à cidadania.
Animam-se muitos (aqui e aqui, por exemplo) à esquerda com os resultados do trabalhista Jeremy Corbyn nas legislativas do Reino Unido. Acreditam mesmo que poderá ditar reversões a nível internacional nas tendências liberalizantes da social-democracia.
Em França, o candidato do PSF à presidência, Benoît Hamon, também veio da franja esquerda do partido socialista e acabou copiosamente derrotado. Ficou até atrás de Melenchon, o candidato presidencial apoiado pela esquerda da esquerda. Talvez tenha sido afectado pelo efeito Hollande que, militante do PSF e após a chegada ao Eliseu, depois de derrotar Sarkozy, deitara por terra as esperanças de muitos eleitores numa França governada à esquerda.
Depois, muitos socialistas um pouco por todo o lado garantiram que em França teriam votado em Macron, que fora ministro de um Executivo do PSF. Hamon pode não ter conseguido sobreviver à espargata entre Melenchon e Macron e à fuga de eleitores habituais provenientes das franjas esquerda e direita do PSF.
Jeremy Corbyn não tem contra si os efeitos erosivos de uma governação recente como teve Hamon, mas ainda assim talvez seja complicado antecipar mudanças definitivas de rumos políticos e de resultados.
Lido no blogue de Estrela Serrano, professora do ensino superior e antiga assessora de Mário Soares:
Caso não se tenha reparado, além de um projecto frustrado, Tempos Modernos é o nome de um filme de Charles Chaplin, de uma revista de Jean-Paul Sartre e de um álbum de Bob Dylan.
Pelo que representa de uma certa atitude cultural, o caso é grave e os comportamentos dos três governantes não são admissíveis.
No entanto, quando li o título "Quero quando não posso e não quero quando posso", julguei que Francisco Louçã se referia à situação.
Afinal não. Quem identifica um certo discurso de modo claro é o autor do blogue O Jumento com o título "Putas velhas armadas em virgens puritanas."
Aproveitando o articulado usado hoje - por uma jornalista sempre opiniosa e pouco dada ao exercício do contraditório - numa entrevista conduzida a meias: serão senhores "de um percurso e uma coerência peculiares".
Foi numa reunião fechado do Conselho Nacional do partido. Mas, de acordo "com uma ideia divulgada pelo PSD aos jornalistas", Pedro Passos Coelho chamou "patetas alegres" aos que acreditam no país descrito pelo Governo de António Costa apoiado pela esquerda parlamentar.
Foram, assim, fontes do próprio partido que premeditaram a saída dessa expressão concreta. O que é um patamar curioso da luta política. O presidente de um grande partido nacional, chamar nomes a pelo menos metade dos eleitores portugueses. O presidente laranja lá saberá o sentido que isso faz. Basta ler as caixas de comentários de jornais e de blogues para perceber como este tipo de discurso de raiva e afrontamento está disseminado entre os apoiantes da coligação de direita.
Talvez seja politicamente duvidoso que se queira construir um país com base na alienação de metade dos portugueses. Como se imagina, ofender o outro gera sempre bastante empatia e vontade de colaborar.
O Má Despesa Pública é um blogue servido por uma ideologia inconsequente, boa para alimentar tablóides e rodas de tasca.
Ali, vai tudo a eito. E a rede apertada que utiliza nem serve a democracia, nem a transparência. Aos autores não é a má despesa pública que aborrece, mas sim a despesa pública - tanto faz boa como má, justificada ou injustificada.
E, no entanto, descobre-se agora, o blogue Má Despesa Pública pode fazer o elogio de medidas gastadoras e bem mais desnecessárias que as de um grande número das denunciadas nos seus postados.
Se forem eles, no Má Despesa Pública, a criar o projecto, já não se importam com os gastos. São os próprios que encontram bondade em gastar dinheiro (por pouquíssimo que seja: "Algo que tape o «dr.»" basta, dizem) numa Campanha para corrigir as Placas onde consta "Dr. Miguel Relvas", limpando-a do Dr.
Não se percebe muito bem esta surpreendente vontade gastadora do Má Despesa Pública. Afinal, até conseguem ter o mesmo tipo de discurso do antigo ministro e braço-direito de Passos Coelho no Governo.
A ver se, em breve, se retoma a marcha que, este ano passado, bastante se interrompeu.
Os dias apenas confirmaram o que se foi dizendo. Quase nada que se dissesse pareceria mais que repetição.
Só um analfabeto científico se lembraria de ir buscar Galileu e Copérnico para tentar provar a neutralidade científica dos modelos económicos homicidas com que temos vivido, ou a objectividade positivista do conhecimento económico.
(Via Ladrões de Bicicletas)
Militantes e apoiantes do Livre de Rui Tavares andam para aí entusiasmados (aqui, por exemplo) com o facto, que reputam de "histórico", de pela primeira vez uma mulher ter de ceder a paridade a um homem na feitura de listas eleitorais.
Mesmo que se deva a falta de memória, a afirmação é incorrecta. Nas últimas legislativas (salvo erro, foi nessas eleições) já o POUS, de Carmelinda Pereira, foi forçado a refazer listas exactamente pelo mesmo motivo.
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