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Lá do Panamá, Cavaco diz "querer saber o preço que o país pagará se algumas normas do Orçamento do Estado não passarem no Tribunal Constitucional."
No últimos dois anos, Cavaco foi incompetente deixando passar orçamentos que chumbaram no Tribunal Constitucional e que se tornaram assim legislação fora-da-lei.
Cumprir e fazer cumprir a Constituição está mesmo naquela lista de coisinhas que qualquer Presidente jura ao tomar posse do cargo. De qualquer modo ninguém se espanta: a palavra de Cavaco (vê-se nas troca-tintices do caso SLN ou da inventona das escutas de Belém) já só tem valor para fiéis e distraídos.
Mudança urgente na Lei Fundamental era a que especificasse de que modo pode o Presidente da República perder o mandato por coontinuado incumprimento do seu juramento mais básico.
Reparei que aí, ao lado, a etiquetas Cavaco é uma das de maiores dimensões.
No fundo, é uma resposta à queixa do chefe de Estado sobre o jornalismo suave.
Agora que as nomeações para a Caixa Geral dos Depósitos contemplam uma quota destinada aos amigos e próximos de Sua Excelência, recorde-se que ex-colaboradores e conselheiros seus (Oliveira Costa, Dias Loureiro, por exemplo) estiveram envolvidos na quase falência do BPN, que se salvou com o meu dinheiro e com o dinheiro do querido leitor.
Atendendo ao mérito e qualidades destas boas moedas espera-se que daqui a uns anos não tenhamos de vender a CGD ao BIC a preço de saldo.
Cavaco e Sócrates estiveram juntos na decisão de nacionalizar o BPN.
O receio de que a falência da instituição se repercutisse sobre a saúde de outros bancos e se propagasse ao sector financeiro europeu teve nisso um papel importante.
Também ajudou a tirar Portugal dos eixos do cumprimento do défice e a abrir os braços ao FMI, o tal que mostrará um balanço mais positivo à conta dos contribuintes portugueses (dos que pagam impostos, pois alguns mantêm-se fora dessa maçada com os mais variados estratagemas).
Cadilhe, que foi ministro das Finanças de Cavaco, tem poucas dúvidas sobre a maldade da nacionalização.
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