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(fonte: peru21.pe)
Credo, o Pulido Valente enganou-se e enviou para publicação no Público um texto que tinha para lá escrito, ainda do tempo da Guerra Fria.
Domingos Andrade, dizia ontem na televisão que Cavaco não gosta de António Costa. O que até será bastante previsível.
De acordo com o director executivo do Jornal de Notícias, A desconfiança terá nascido na audiência de 20 de Outubro, quando o secretário-geral socialista deu a Cavaco garantias de um acordo à esquerda. O problema, segundo Andrade, é que o acordo só ficaria pronto a 8 de Novembro, na véspera da apresentação do programa de Governo da PaF.
A justificação do comentador peca por excesso de crença no Guião do PSD e do CDS-PP Para a Presente Situação. Por questões tácticas, anda muita gente interessada em identificar problemas na coligação à esquerda. É natural. Por isso mesmo é, no mínimo, uma manifestação de ingenuidade política ignorar que o processo negocial à esquerda pôde prolongar-se até ao dia 8 de Novembro apenas por Passos Coelho ter sido indigitado para formar Governo.
José Manuel Fernandes diz na RTP3 que o acordo das esquerdas "não é entusiasmante".
Percebe-se o enfado. Na juventude estróina do PREC andou ligado a bandos esquerdistas que a direita bombista e a maioria silenciosa combateram. Depois, no jornalismo, pôs gravata, mas não amansou. O hoje neo-con anda legatário da boa gente do Tea Party, ligado a malta do Compromisso Portugal.
No passado recente, com o pretexto das armas de destruição maciça, esteve com as bombas sobre o Iraque, decididas também por Durão Barroso e Paulo Portas. As mesmas bombas que Blair, outro cúmplice, admite terem produzido o Estado Islâmico. Pouco depois, clamando sempre pela Liberdade de Imprensa, andou misturado no caso das escutas de Belém (aqui e aqui) - a despropósito, lembre-se como na amada América, Watergate levou à queda de um presidente republicano.
Habituado a partir para a guerra, entende-se que medidas contra a precariedade, o empobrecimento, pelo aumento do salário mínimo, pareçam a Fernandes tão demagógicas quanto sensaboronas.
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