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O Governo Sombra começou na TSF e acabou a exibir-se na TVI24.
Agora é o Sem Moderação, do Canal Q, que ganha direito a ser ouvido na rádio.
Mais ou menos interessantes, independentemente das qualidades dos intervenientes, estes programas repetem-se em estereofonia, sem qualquer vontade de pluralismo de vozes.
Às direcções de programação e de informação nem ocorre manter o formato com outros tenores. Vão buscar os mesmos, a outros palcos, para que se possa ouvir os mesmos a dizer a mesma coisa. E alguns até se repetem em programas do género.
Aqui perto, junto ao metro, há um café cuja porta emboca directamente numa passadeira.
É ver os clientes disparados, porta fora, quando chega o metro à estação defronte. Nem olham para os lados a ver se há trânsito. Páre quem vier. Prego a fundo, se ainda for a tempo.
Já na entrada de cima do metro, são os automóveis, que um bocado antes têm um entroncamento com subida e perda de priroridade, a acelerar a fundo quando se aproximam da passadeira.
Há tempos, citava-me, elogioso, uma senhora de uma antiga família titular a quem ouvira dizer que “ser educado é não incomodar os outros”. Logo a seguir, depois de tomarmos café, à saída, deixava o tabuleiro da louça em cima da mesa, num espaço público com muitos poucos lugares disponíveis e muita gente à procura de sítio para se sentar.
Há dias, atravessava comigo uma passadeira. Quis acelerá-lo quando vi que eu já estava no outro passeio e ele ainda não chegara sequer ao meio da rua, trânsito à espera. “Eu estou na passadeira”, reclamou. Sim, na passadeira, não na pisadeira de ovos.
Não consigo perceber por que terá apreciado tanto a citação da velha senhora.
A Rádio Renascença contratou para o comentário um grupo de alegre malta da Direita extremista portuguesa.
Hoje, um provocador bem pouco fiável abre o comentário na emissora católica portuguesa a falar do tamanho das mamas que estão na moda.
A ler:
Embora o nexo de causalidade estabelecido na conclusão não faça sentido. As palavras são factos sem necessidade de que as empurrem.
Ferreira Fernandes in E se Donald Trump me obriga a pagar o que aprendi com ele?
Almoçar na Biblioteca Nacional lembra-me sempre a piada de Woody Allen: a comida é má e, ainda por cima, as doses são muito pequenas.
Lido no blogue de Estrela Serrano, professora do ensino superior e antiga assessora de Mário Soares:
Fernanda Câncio in Licenciar Leviandade
Já há muito tempo que deixei de acompanhar programas como o Eixo do Mal ou o Governo Sombra. Ontem por acaso, zapei pelo da SIC Notícias e caí no meio da milésima factorial conversa acerca dos grandes escritores que não venceram o Nobel da Literatura.
Claro que o prémio implica uma escolha anual. Não é preciso fazer grande esforço para nos lembrarmos de mil escritores que viveram e morreram durante os 115 anos da entrega do galardão e que não o venceram.
Foi também a milésima factorial vez que ouvi alguém queixar-se da injustiça para Franz Kafka. Talvez Daniel Oliveira (e os outros todos) devessem dar-nos conta da real circulação e conhecimento da obra do escritor checo enquanto este foi vivo. Devem saber qualquer coisa que o mundo culto da época desconhecia.
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