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No dia da nomeação de António Guterres para secretário-geral das Nações Unidas, um habitual comentador televiso de política internacional afirmou na televisão que a eleição do português era muito duvidosa, pois não se sabia para onde cairiam os votos da Rússia e da China. Estas afirmações manifestavam completa falta de acompanhamento do processo que lhe pediam para comentar enquanto especialista.
Há muito que todo o noticiário falava do apoio certo da China e de França a António Guterres. Quanto à Rússia, era pública e notória a oposição a Kristalina Goergieva. Se o apoio à primeira candidata búlgara, Irina Bokova, constituiria motivo para vetar Guterres já era dar um passo maior que as pernas. A troca da candidatura búlgar, em cima da hora, sugeria antes o contrário.
Leu-se também um jornalista sério e justamente respeitado manifestar surpresa pela eleição. Estranho. É que era complicado ser-se surpreendido. O desfecho feliz da candidatura de Guterres não foi propriamente imprevisto. Seria essa conclusão de quem tivesse ido cruzando o noticiário da emissora que o próprio Francisco Saarsfield Cabral dirige, a Rádio Renascença, com o do Diário de Notícia e com postados de blogue de Francisco Seixas da Costa, muito bem informado de todo o processo e várias vezes chamado a comentá-lo pela comunicação social.
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