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Um economista explicava na televisão que o aumento do salário mínimo dos 530 euros para os 557 euros é um aumento signficativo para as empresas, pois é um aumento de cinco por cento.
Eu que sou engenheiro tenho sempre alguma dificuldade com a compreensão matemática dos economistas que falam na televisão e que dizem coisas nos jornais. É que cinco por cento de coisa quase nenhuma ainda continuam a ser coisa quase nenhuma.
Um aumento de cinco por cento do salário mínimo nacional corresponde a menos de 1 euro por dia de aumento. Há por aí muitas empresas que não sejam capazes de acondicionar nas contas mais 1 euro por dia por cada trabalhador que lá têm?
(Foto: Reencontros)
Portugal adoptou nos últimos 15 anos muitas medidas públicas de criação de emprego, disse ontem o economista Cantiga Esteves, em entrevista a Mário Crespo.
Não valia a pena ficar a ouvir o resto. A afirmação é tão alarve e boçal como a generalidade do que sai das bocas dos catrogas, dos borges.
Mas a comunicação social insiste em ir ouvi-los como se fossem credíveis, algo mais que sinistros manageiros da situação a que chegámos.
Na primeira, todos caem; na segunda, cai quem quer.
Nas seguintes, caem os economistas.
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