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No dia da nomeação de António Guterres para secretário-geral das Nações Unidas, um habitual comentador televiso de política internacional afirmou na televisão que a eleição do português era muito duvidosa, pois não se sabia para onde cairiam os votos da Rússia e da China. Estas afirmações manifestavam completa falta de acompanhamento do processo que lhe pediam para comentar enquanto especialista.

 

Há muito que todo o noticiário falava do apoio certo da China e de França a António Guterres. Quanto à Rússia, era pública e notória a oposição a Kristalina Goergieva. Se o apoio à primeira candidata búlgara, Irina Bokova, constituiria motivo para vetar Guterres já era dar um passo maior que as pernas. A troca da candidatura búlgar, em cima da hora, sugeria antes o contrário.

 

Leu-se também um jornalista sério e justamente respeitado manifestar surpresa pela eleição. Estranho. É que era complicado ser-se surpreendido. O desfecho feliz da candidatura de Guterres não foi propriamente imprevisto. Seria essa conclusão de quem tivesse ido cruzando o noticiário da emissora que o próprio Francisco Saarsfield Cabral dirige, a Rádio Renascença, com o do Diário de Notícia e com postados de blogue de Francisco Seixas da Costa, muito bem informado de todo o processo e várias vezes chamado a comentá-lo pela comunicação social.

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publicado às 11:27

Nice

por Tempos Modernos, em 15.07.16

As compreensíveis declarações de guerra ao terrorismo feitas por Hollande repetem outras. Em tanto lado. Um discurso mil vezes repetido que não tem posto fim aos atentados.

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publicado às 16:00

Desnortes europeus II

por Tempos Modernos, em 27.06.16

Bruxelas quer impor sanções a Portugal e Espanha por causa do falhanço do seu próprio plano de ajustamento - um regime de empobrecimento e de tranferência de riqueza que é soberana, económica e socialmente criminoso.

 

Logo no seguimento do Brexit, ameaçaram o Reino Unido com retaliações e deixaram claro ser eles os donos da Europa. De modo cobarde, esperaram pelas eleições em Espanha - não fossem prejudicar o PP, partido que lhes fez os fretes.

 

Oito anos de crise espalhada e ainda não perceberam nada da Europa que criaram nem das consequências da hostilidade, humilhações e ressentimentos que teimam em cultivar. Se têm mesmo vontade de manter o projecto de pé, não se nota muito.

 

O referendo proposto ontem por Catarina Martins na convenção do Bloco de Esquerda, pode não ter cobertura constitucional, mas possivelmente já antecipava a notícia desta segunda-feira. Alguma coisa terá de fazer-se. E se a coisa não é reformável por dentro, bem se pode criar algo de limpo e asseado ao lado.

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publicado às 15:05

Ponto de ordem para memória futura

por Tempos Modernos, em 07.12.15

Nenhum dos resultados eleitorais de ontem reforçou a liberdade ou a democracia. Nem a vitória de Marine Le Pen, nem a derrota de Nicolás Maduro.

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publicado às 16:34

marine-le-pen.jpg

 

A extrema-direita venceu a primeira volta das eleições regionais francesas e há jornais a dizer que "França está em choque". Mas está em choque porquê?

 

Mas não foram os franceses que votaram na Frente Nacional ? Se tantos franceses votaram no partido de Marine Le Pen, que razões terá o país onde vivem para estar chocado?

 

De certeza que não aterraram por lá marcianos para trocar as urnas de voto, pois não?

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publicado às 20:12

Não sou um excessivo apreciador de Hollande...

por Tempos Modernos, em 19.10.12

... mas depois desta não volto a usar nada que tenha assinatura Lagerfeld.

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publicado às 14:56

 

(Foto: O Juramento do jogo da pena, Jacques-Louis David, em http://associationclaudesimon.org)

 

Ao violar a promessa eleitoral de não ratificar o Tratado Orçamental Europeu - que entre outras coisas impõe limite de três por cento ao défice de países da UE - François Hollande não trai apenas os seus.

 

Bem pode ir ao encontro da boa gente responsável* que vê nesse valor mágico o fim último da história europeia, mas destrói a esperança de milhões. Erigido em salvador da esquerda social-democrata do continente, mostra como os socialistas e trabalhistas continuam amarrados às correntes da terceira via e como na prática se aproximam dos conservadores.

 

Angela Merkl bem pode sorrir ao ver cair-lhe o inesperado Hollande no abraço de ursa com que afunda a União Europeia. Só que num momento, em que a crise se adensa, galga fronteiras, não encontrar alternativas nos projectos políticos dominantes terá consequências.

 

Já desde há uns tempos, que os manifestantes ouvidos pelas televisões, um pouco por todo o lado, andam estranhamente articulados em termos de discurso político e económico. É uma multidão informada e crescentemente politizada, disposta a avaliar promessas eleitorais, o seu não cumprimento e impactos.

 

Será preciso regressar aos ensinamentos de 1789, para perceber o que trazem no bojo essas multidões que por aí andam?

 

 

*No Público de dia 25 de Setembro, atacava-se, em editorial, os verdes por contestarem Hollande e por se oporem ao Tratado Orçamental e não perceberem os sinais do tempo. É o mesmo Público que desde há anos vem estabelecendo profético o caminho europeu trilhado como inevitável,  o único verdadeiro e justo. Como se comprova, esse futuro incondicional redundou num presente muitíssimo mais que imperfeito.

 

 

 

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publicado às 12:31

Porreiro, Pá?

por Tempos Modernos, em 18.05.12

 

Laurent Fabius, novo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, fez campanha pelo Não ao Tratado Constitucional, uma daquelas cenas que alguns países tiveram de referendar várias vezes até aprovar e que as teresas de sousa propagandearam.

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publicado às 09:30

Questão com resposta positiva

por Tempos Modernos, em 15.05.12

 

Pode um continente, berço da Democracia, ser governado, quase de uma ponta à outra, por imbecis políticos, nem todos eleitos, promotores de chantagens autocráticas e sem respeito pelos cidadãos?

 

Em socorro da tese, pode convocar-se um antigo dirigente do CDS, partido da actual coligação governamental portuguesa.

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publicado às 09:14

Do meu Francisco de Holanda preferido*

por Tempos Modernos, em 06.05.12







Esperando que este outro também nos caia mesmo no goto e a ver o que irá dar a Grécia, onde a maior surpresa é o resultado do Syriza, partido que apostou numa governabilidade diferente à Esquerda.




* Não nos devemos esquecer que também há o pintor.

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publicado às 20:25


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