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Os jornais noticiaram o aumento das vendas de 1984, de Georges Orwel, depois de uma conselheira de Donald Trump ter vindo falar em verdades alternativas. Kellyane Conway justificava opiniões divergentes acerca do número de espectadores da tomada de posse do novo presidente norte-americano.
No dia em que se assinala mais um aniversário da libertação de Auschwitz, faz algum sentido lembrar uma outra leitura que me ocorre há mais tempo. A de um livro publicado no exacto mês em que se iniciou a II Guerra Mundial, pouco menos de uma década antes da edição da distopia orwelliana.
Sobre as Falésias de Mármore é uma fábula incandescente acerca da ascensão do nazismo. Nela, Ernst Jünger, oficial do exército alemão, descreve a realidade inquietante, inescrupulosa, oportunista, frenética e boçal de um país de faz-de-conta.
Publicado logo após a II Guerra Mundial, 1984 é aquele romance escrito por George Orwell, o único tipo de esquerda que a direita gosta de elogiar.
Foi escrito, diz-se, como uma parábola do totalitarismo soviético, omnipresente e vigilante.
Infelizmente, com tanta atenção devotada à URSS, nos EUA esqueceram-se de olhar para o próprio umbigo.
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