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Uma das coisas que o fim do Antigo Regime trouxe foi a igualdade perante a lei.
Em teoria, desapareceram privilégios de classe, de casta. Os poderosos, os mais ricos, nobreza e clero, passaram a ser julgados pelos mesmos tribunais, pelas mesmas leis, a sofrer as mesmas penas.
De ontem para hoje, Espanha e Itália, grandes países em dificuldade, já conseguiram o desbloqueio do pacto de crescimento e um envolvimento maior das estruturas da união europeia no seu financiamento.
Ao contrário da Grécia, Irlanda e Portugal têm uma capacidade para evitar a destruição económica e empobrecimento que os mais pequenos não têm tido. Embora estes se mantenham excessivamente altos, Mário Monti e Rajoy garantiram para os países que governam juros fora dos níveis de usura a que outros estão sujeitos.
Haver tratamento diferenciado dos vários países que integram a União Europeia em função da sua capacidade de forçar a barra, de subir a parada, é justificado por muitos com a real politik.
Estão errados. A questão é moral e de cidadania europeia. Ser forte com os fracos e débil com os fortes tem um nome: Cobardia. Trate-se de pessoas, trate-se de países.
E políticas que mantenham o status quo são cobardes, imorais e anti-democráticas. Quem defenda o contrário tem a cabeça formatada pelo longínquo século XVIII.
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