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O Público errava esta manhã ao dizer que nenhum escritor masculino norte-americano vencia o Nobel da Literatura desde John Steinbeck, em 1962. Apenas se lembrariam de Toni Morrison, uma mulher negra.
Agora, com a há muito anunciada vitória de Bob Dylan podem fazer antes outra estatística. Para os Estados Unidos, desde que John Steinbeck venceu o Nobel da Literatura em 1962, o prémio foi entregue quatro vezes a autores homens de origem judaica (Saul Bellow, Isaac Bashevis Singer, Josip Brodsky, Dylan) e a uma mulher de origem africana.
Em dia de Nobel da Literatura escreve-se que nenhum homem dos EUA vence o prémio há mais de 50 anos, desde John Steinbeck, em 1962. É um erro que em tempos de Google não se justifica.
Ora, de cor, aqui sentado na poltrona, de cor, alinho já Josip Brodsky, Isaac Bashevis Singer e Saul Bellow. Os dois primeiros são naturalizados e até nem escreveram em inglês. Já Bellow, o primeiro do trio a ser premiado, salvo erro em 1976, é um escritor masculino norte-americano tão escritor masculino norte-americano como Steinbeck.
Será aliás um dos motivos para se ir afastando Philip Roth da corrida. Valerá a pena premiar a cópia, um eterno preferido dos jornalistas portugueses, quando o original já venceu? Será este ano?
Nota final: continuando pelos EUA, em certa medida, o também nobelizável Don De Lillo, com a sua reflexão sobre a televisação e espectacularização da realidade, seria um premiado na linha do hoje desaparecido Dario Fo.
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