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(Foto: Vítor Rios - Global Imagens)
João Semedo e Catarina Martins, enquanto dirigentes do Bloco de Esquerda, não deviam participar nos debate frente-a-frente e esquerda-direita que alguns canais exibem.
O BE não será propriamente um partido institucionalista, mas Semedo e Catarina Martins têm uma posição institucional que obrigava a que apenas respondessem a líderes dos outros partidos e não a figuras hierarquicamente inferiores.
O mesmo em relação a Carvalho da Silva que no outro dias estava num programa semelhante e que enquanto presidenciável se devia resguardar.
(Foto: ionline.pt)
Nuno Melo (do CDS-PP), João Semedo (do BE) ou Honório Novo (do PCP) são possivelmente os deputados que em 2008 e 2009 mais se destacaram na "Comissão Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar à existência de uma falta grave na actuação do Banco de Portugal no exercício do seu poder de supervisão do sistema bancário no caso do Banco Português de Negócios".
Num parlamento onde já existiram dez inúteis comissões de inquérito ao acidente que vitimou Sá Carneiro em Camarate, os trabalhos da comissão do BPN foram quase unanimemente considerados como verdadeiramente prestigiante para o trabalho dos parlamentares.
Com a proposta de redução de deputados feita no 5 de Outubro por António José Seguro, não é apenas o pluralismo que é posto em causa. No parlamento desejado pelo secretário-geral do PS, o trabalho de Melo, Semedo e Novo teria sido grandemente dificultado.
Um parlamento em versão de bolso, forçaria os muito poucos deputados das bancadas mais pequenas a desdobrarem-se entre comissões, sobrecarregados de trabalho e não conseguindo aprofundar assunto nenhum, piorando a qualidade do seu trabalho.
Quem defende a proximidade entre eleitores e eleitos tem aqui um passo de gigante no sentido contrário. Que os comentários online nos jornais pareçam apoiar a medida ajuda a explicar o ponto em que o país se encontra. Ajuda também a perceber qual é a rua que os partidos do bloco central estão interessados em ouvir.
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