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Saiu do Ministério de Assunção Cristas a lei que liberalizou as rendas antigas. A legislação de que a hoje presidente do CDS-PP foi mentora contribuiu bastante para alguns dos mais mediáticos problemas com que a cidade se confronta:
As subidas descontroladas dos preços de venda e de arrendamento das casas em Lisboa,
A expulsão de ainda mais gente para a periferia,
O fim de muitas casas e estabelecimentos históricos da capital,
Os prédios de alta rotatividade, já não para morar, mas apenas para se passar por lá uns dias.
Ainda, assim, dizem sondagens (aqui, por exemplo) que poderá ficar à frente de Teresa Leal Coelho, a candidata laranja.
Das duas umas, ou há falta de memória dos eleitores ou há muitos proprietários e senhorios agradecidos na cidade.
Estava convencido de que estes já tinham posto de parte a conversa d'Os miseráveis que paguem a crise.
Dois anos depois de terem saído do Governo continuam sem perceber onde estão as prioridades sociais e das coisas a fiscalizar.
E ainda recuperam o modelo sonso-suicida usado por Passos Coelho em Pedrógão Grande: o de que foi alguém que lhes falou no assunto.
Está na casa dos vinte ou dos trinta anos. Aguarda na reprografia da Biblioteca Nacional que lhe acabem de copiar várias páginas de uns grandes e grossos volumes de lombada oitocentista e estragada.
E indigna-se. Onde é que já se viu fazer na Biblioteca Nacional a cerimónia da entrega do espólio de José Saramago, que terá a presença de António Costa. Devia ser no Centro Cultural de Belém, que aquilo está cheio de salas vazias, onde se gastaram milhões e a que não se dá o uso prometido aquando da construção, assevera.
Pouco interessa ao indignado que se trate da entrega do espólio do Nobel da Literatura de 1998 à Biblioteca Nacional de Portugal. Onde tinha de se realizar a cerimónia era no CCB. Lá nessas salas do centro cultural lisboeta é que tinha de ser entregue o espólio à nacional biblioteca, que era para dar uso ao equipamento alegadamente parado.
Por acréscimo, achará, talvez, que uma biblioteca é um depósito de livros. Uma coisa sem vocação para mais nada. Ao indignado, também não ocorreu a contenda entre Saramago e Cavaco. Ou o que a construção do Centro Cultural de Belém significa na política cultural cavaquista.
Podem passar-se horas com livros à frente e não se dizer coisa com coisa.
(fonte: tvi24.iol.pt)
As acções de Santana Lopes são como pedradas num charco, gerando ondas ininterruptamente.
Há que esperar por Helena Roseta para se começar a perceber as consequências de obras como as da sua casa de banho na Misericórdia lisboeta ou de projectos como este, de empreendedorismo.
(Foto: Bola.pt)
Sobre o Governo de Santana Lopes, escreveu-se bastamente.
Sobre a prévia tresloucada passagem do antigo primeiro-ministro pela autarquia lisboeta e que até fez cair António Guterres, nem por isso.
Há dias assinalaram-se dez anos sobre o fecho da Feira Popular, uma daquelas decisões inconsequentes, tomadas em cima do joelho por Santana Lopes, com o apetecível espaço imobiliário por lá deixado ao abandono, à ruína.
Deixou um túnel no marquês (cuja lógica viária e para a sustentabilidade de uma política de transportes é mais que duvidosa), um jardim no Arco do Cego (com um pavilhão arruinado e a servir de parque de estacionamento).
Que a Fundação "O Século" tenha perdido a Feira Popular enquanto fonte de rendimentos e tenha de inventar novos negócios para viabilizar projectos sociais é apenas uma das consequências das políticas de Santana Lopes, actos que destroem a longa distância e que muito depois de cometidos continuam a ter consequências.
(Foto: oribatejo.pt)
Moita Flores diz querer continuar o caminho de Isaltino Morais na autarquia de Oeiras. E, em relação a uma candidatura de Fernando Seara à Câmara Municipal de Lisboa, Miguel Relvas mostra-se disponível para fazer campanha de manhã à noite.
Há coisas que é melhor não dizer e apoios que é melhor não ter.
(Foto: Rádio Horizonte)
A rotunda do marquês, em Lisboa, nunca foi fácil de fazer. As alterações que agora chegam não inspiram grande confiança, parecem acrescentar confusão e forçar a um redobrar de atenção e habilidade condutora num sítio onde já todo o cuidado é pouco.
É outra questão que o Automóvel Clube de Portugal teime em criticar a câmara por ser "anti-automóvel" e defender o uso dos "transportes públicos".
A direcção de Carlos Barbosa insista em comportar-se como se a organização fosse um Partido dos Automobilistas. O que manifestamente não é. Basta conversar com os sócios.
A organização presta uma série de serviços que atraem muita gente. Parte grande desses serviços nada tem a ver sequer com o uso do automóvel. E muitos sócios defendem o uso privilegiado dos transporte público. Esta defesa é absolutamente compatível com os estatutos da organização. O que não é compatível são os apelos ao boicote e engarrafamento da rotunda feitos pela direcção.
Ao contrário do que com uma mentalidade e uma leitura arcaica, do início do século XX, quando os automóveis eram escassos, Barbosa defende, o recurso ao transporte público só beneficia quem se vê mesmo forçado a usar o automóvel.
Que António Costa se colocou em campo na corrida para secretário-geral do PS é mais que evidente desde o caso da mudança dos estatutos no PS.
Na ocasião, o presidente da câmara lisboeta aproveitou a tribuna da Quadratura do Círculo para lançar duras críticas a Séguro. A corrida a Belém parece para já estar posta de parte.
Hoje, foi o centro das atenções por causa da mal-contada história da sua visita à Maternidade Alfredo da Costa (MAC), na altura em que endurece o mobvimento contra o fecho desta unidade hospitalar.
A detalhada notícia, depois desmentida, da RTP dando conta do cancelamento de uma visita de Costa à MAC está muito mal contada. Só depois de confirmar muito bem as fontes se vai para o ar com a informação de que de que uma Administração Regional de Saúde proibiu uma visita do género desta.
Costa sai bem da fotografia. Paulo Macedo também. Resta saber que sorte terá a Maternidade.
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