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"1. A Direcção do Sindicato dos Jornalistas saúda vivamente os jornalistas e os outros trabalhadores ao serviço da Lusa – Agência de Notícias de Portugal, SA, pela sua vitoriosa greve, saldada por uma paralisação praticamente total do serviço, já que apenas alguns takes gerados na delegação de Macau durante a madrugada entraram em linha, tendo o serviço sido suspenso totalmente às 08h00.
2. Trata-se de uma paralisação exemplar, que certamente vai ser prosseguida amanhã, dia 19, e durante o fim-de-semana, numa demonstração histórica da força e da determinação dos trabalhadores da Lusa em defender não apenas os seus postos de trabalho, mas essencialmente apostados em defender o futuro da Agência, a sua capacidade e o seu prestígio.
3. A Direcção do SJ saúda de modo muito especial todos os dirigentes e delegados sindicais e os membros da Comissão de Trabalhadores e do Conselho de Redacção, aos quais se deve a capacidade organizativa, de esclarecimento e de mobilização dos trabalhadores, claramente traduzidos na adesão à greve.
4. O SJ saúda também o modo empenhado e generoso como esses activistas estão a trabalhar no esclarecimento da opinião pública, tanto através das informações e declarações prestadas a órgãos de informação e dos materiais de informação e propaganda já produzidos, como também através dos contactos com os grupos parlamentares e outras instâncias e, ainda, das iniciativas públicas já realizadas.
5. Consciente do sacrifício – desde logo económico – que esta luta representa para os jornalistas e restantes trabalhadores, mas também convicta da importância determinante do seu êxito, a Direcção do SJ exorta-os a manter bem viva e determinada esta força e esta coragem e a aprofundar a unidade em torno das suas organizações representativas."
"1. Os jornalistas e outros trabalhadores ao serviço do jornal “Público”, do poderoso Grupo Sonae, cumprem [hoje], dia 19, uma greve de 24 horas como forma de luta e de protesto contra a intenção da Administração de despedir 48 trabalhadores, dos quais 28 são jornalistas e também em defesa do jornal e do seu futuro.
2. Com efeito, os jornalistas e os outros trabalhadores têm clara consciência de que, além do pesado ónus pessoal, familiar e social que este despedimento representará se for consumado, a intenção da Administração de reduzir drasticamente a força de trabalho do “Público” virá a ter consequências muito sérias no desempenho do jornal, seja na edição impressa, seja nas suas versões digitais.
3. Ao enfraquecer a capacidade do “Público”, a Sonaecom, cujos lucros aumentaram quase 52% em 2011 e quase 20% no primeiro semestre deste ano, estará a condenar o futuro de um importante activo no panorama da imprensa nacional e a contribuir para a redução da oferta informativa no país.
4. Bem podem a Sonaecom e o grupo Sonae argumentar com os prejuízos que o jornal está a dar, que não iludem factos indesmentíveis: o “negócio” do jornal é pequeno no vasto universo do seu “portfólio” de actividades, mas reveste uma grande importância no panorama da imprensa portuguesa, que é necessário proteger e valorizar; e os prejuízos são uma pequena gota no oceano dos seus lucros.
5. É por isso que esta greve é uma luta justa e necessária: é preciso dar voz a um protesto e também a um apelo para que a Sonae mantenha, reforce e relance o “Público” e preserve os seus postos de trabalho!
6. Sendo uma luta justa e necessária, esta greve também convoca a solidariedade dos jornalistas, dos trabalhadores do sector dos cidadãos, pelo que a Direcção do Sindicato dos Jornalistas, activamente solidária com os trabalhadores ao serviço do “Público”, apela à expressão do mais amplo apoio, designadamente através da presença junto dos piquetes de greve em Lisboa e no Porto."
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