Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Estratégia de desgate

por Tempos Modernos, em 10.02.17

Mário Centeno vem frustrando sucessivos avisos catastrofistas acerca da economia portuguesa feitos pelo PSD, CDS, Comissão Europeia, OCDE, FMI e eurogrupo.

 

Os partidos da oposição esperam fazê-lo cair com os contornos trapalhões da nomeação de António Domingues para a administração da Caixa Geral de Depósitos. Mas o Governo de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas deixou o banco público armadilhado. Apesar da surpresa deixada por aqueles dois governantes, o ministro das Finanças do Governo de António Costa conseguiu negociar uma solução aprovada por Bruxelas.

 

A estratégia da oposição é de desgaste - quer do titular das Finanças, quer do banco público - mas está-se mesmo a ver a vontade que António Costa, PS e as esquerdas parlamentares terão de deixar cair o ministro.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:08

Prioridade, mas só de alguns

por Tempos Modernos, em 27.11.16

Esta, das 18:54, onde Marcelo Rebelo de Sousa dizia que a "estabilidade do sistema financeiro" é "prioridade nacional" era para ser lida com esta, das 19:59, acerca da demissão de António Domingues da administração da Ciaxa Geral dos Depósitos.

 

Aparecem contratempos, dizia o Presidente da República, "uns dias de manhã", "outros diàs à tarde", "outros à noite" ou "à noitinha."

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 20:05

Sinais positivos com borrasca à vista

por Tempos Modernos, em 15.11.16

Os sinais da economia (aqui, aqui e aqui) parecem ir apontando no sentido do crescimento. Por esta altura, no terceiro trimestre, já se farão sentir alguns efeitos do Orçamento do Estado 2016, em vigor apenas desde Março.

 

As melhorias não são tão rápidas quanto desejável, mas, para já, vão dando sentido ao que durante anos andaram a dizer aqueles a quem os jornalistas e comentadores televisivos, o conselho de finanças públicas, os partidos de direita e as confederações patronais chamam economistas radicais: Do blogue Ladrões de Bicicletas aos partidos da esquerda da esquerda.

 

Infelizmente, também, os sinais do sistema bancário europeu, a não resolução dos problemas das dívidas, a inoperância dos poderes europeus, da Comissão, a Berlim, passando pelo Ecofin, podem precipitar tudo no desastre.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:35

Os supremos critérios editoriais

por Tempos Modernos, em 07.11.16

Há jornalistas que recebem em mão, papinha feita, o documento com a privatização da TAP que vai no dia seguinte ao último Conselho de Ministros de um Governo à beira de ser substituído por outro que já avisou que irá reverter qualquer privatização da transportadora aérea. Remetem a coisa para um rodapé mal-amanhado da primeira página, de tal modo que a bomba será aproveitada por outros ao longo do dia. É o que se chama estragar lagosta da melhor.

 

Há jornalistas que ouvem alguém do Governo dizer haver obrigação de toda a gente declarar rendimentos e património, na sequência da polémica com a administração da Caxa Geral de Depósitos. Sem outra citação, concluem que essas palavras querem dizer que o ministro das Finanças, que tem a tutela da CGD, sairá do Governo em Janeiro. É o que se chama fazer croquetes de raspas de carne para os cães.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 16:49

Leixa-prem informativo

por Tempos Modernos, em 05.11.16

O jornal Sol noticia a saída do ministro das Finanças em Janeiro. E outras publicações vão atrás. António Costa reagiu dizendo ser “um disparate completo que o ministro esteja para sair”. Mas o facto está criado e o Público conclui que “Costa segura Centeno”, como se tivessem garantias cruzadas de que a hipótese de demissão de Centeno é um facto insofismável – é o que sugere o verbo escolhido pelo diário. Num Governo só se segura aquele que está para cair.

 

Infelizmente, este tipo de notícia, as que dão conta da dissolução iminente do Executivo do PS, têm sido uma tendência nas publicações do grupo editorial deste que o Governo tomou posse. Têm tido demasiadas manchetes e títulos a confundir desejos próprios com a realidade.

 

Desta vez, pelo que está disponível online, pouco se conclui quanto à consistência da informação veiculada. As fontes estão por identificar. E as declarações citadas que o jornal considera não poderem ser mais explícitas nada têm que ver com a saída de Centeno – que é o título da notícia e manchete do semanário. Falam sim da entrega das declarações de rendimentos e património da administração da Caixa Geral de Depósitos.

 

Às tantas, parte volumosa da informação política portuguesa assenta em factos criados e alimentados pelos jornais como se correspondessem à realidade. Um deixa cair e o outro apanha. Ainda se trata de jornalismo? Fica informado quem só leia as gordas e não esteja preparado para a hermenêutica do que é publicado pelos jornais?

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 19:58


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.



Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2017
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2016
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2015
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2014
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2013
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2012
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2011
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D