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(fonte: publico.pt)
Em finais de 2011, a PSP estava a mudar de fardas. Dos velhinhos uniformes com barrete e camisas desfraldáveis, para esses que aí vemos agora, nas ruas, de boné e pólo.
Em 2014, nem três anos depois, repete-se, nem três anos depois, estava já previsto um novo plano de uniformes, o do azul "ciano" anunciado pelo ministro MIguel Macedo.
Já agora, duas questões, perante as dificuldades em encontrar fardas regulamentares: que sentido estratégico existe no encerramento de indústrias militares como as Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento e que inteligência e que eficiência decorrem de um certo discurso populista e demagógico contra a despesa pública?
E a CGTP resolve obedecer a uma decisão administrativa de legalidade contestada quando tinha tudo para ter sucesso na acção e cedendo estrondosamente perante este Goverrno.
(Foto: dinheirovivo.pt)
A Amnistia Internacional não tem cores políticas. É discreta, institucional e venceu o Nobel da Paz em 1977. Merecidamente.
Tanto condena as violações de direitos humanos cometidas por governos de esquerda como as cometidas por governos de direita. Tanto condena forças estatais como grupos paramilitares ou movimentos de guerrilha. Declaração de interesses: fui membro e activista da Secção Portuguesa.
Se a Amnistia considera que a polícia recorreu ao uso excessivo e desproporcional da força contra os manifestantes que ontem pacificamente protestavam em Lisboa, o Ministério da Administração Interna e as forças de segurança devem tomar boa nota do comunicado.
Estar sob a mira da Amnistia Internacional por causa da forma como se reprimem desacatos numa manifestação não é motivo de orgulho para nenhum governo. Muito menos quando responsáveis políticos parecem sempre demasiado lestos a desculpar qualquer comportamento policial.
E as acusações feitas pela Ordem dos Advogados também não deixam ninguém descansado: pessoas detidas indevidamente, mais do que o tempo legalmente permitido, autos em branco, recusa do acesso a advogados. Desde pelo menos 24 de Novembro de 2011 que a polícia ultrapassa claramente os limites permitidos num Estado democrático.
Que o DIAP mande arquivar queixas contra agentes da PSP filmados a agredir um suspeito, já controlado e manietado no chão, ou que alguns jornalistas não considerem essencial ouvir explicações governamentais torna tudo muito mais preocupante.
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