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Propaganda ideológico

por Tempos Modernos, em 13.01.13

O Público apresenta hoje um trabalho sobre a desindustrialização do país e apresenta 15 visões 15 sobre as prioridades de um projecto do género.

 

E quem é que foi ouvir? Gente que tenha alertado contra os riscos do fim da indústria portuguesa, críticos dos caminhos que conduziram o país à indigência económica e financeira, gente de áreas políticas e ideológicas variadas?

 

Claro que não. Ouviram gente como Mira Amaral, Daniel Bessa, Augusto Mateus ou João Salgueiro, alguns dos coveiros da coisa. 

 

Isto tem um nome. Não lhe chamem é jornalismo. 

 

 

 

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publicado às 10:38

Autismo social piegas

por Tempos Modernos, em 14.09.12

No Jornal i, Mira Amaral queixa-se dos impostos que têm de pagar os desgraçadinhos que ganham dez mil euros por mês. Mais à frente, declara pertencer à classe média. Ensaia também uns queixumes sobre a falta de respeito em relação aos universitários que vão para a política.

 

Ficam muitas dúvidas sobre se durante o tempo da entrevista ele e a jornalista estarão sintonizados em conceitos básicos.

 

Já sobre a falta de sintonia dos sobas nacionais com o país só há certezas. Isso explica muito as medidas tomadas pelo (seu) PSD que agora critica.

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publicado às 11:52

Os novos indignados

por Tempos Modernos, em 19.10.11

Topei há dias com uma daquelas breves de última página do Correio da Manhã, onde Mira Amaral se confessava chocado por figurar no livro Como os Políticos Enriquecem em Portugal, onde António Sérgio Azenha explica os casos de 15 ex-governantes que multiplicaram os rendimentos depois de saírem do governo.

 

O ex-ministro da Indústria de Cavaco (sim, um dos responsáveis pela destruição do tecido produtivo português) tem-se aliás desdobrado em manifestações de indignação. Também há escassos dias, numa qualquer sessão pública, na feira das indústrias, à Junqueira, queixava-se, perante uma plateia de empresários, do facto que o criticarem por ao comprar o BPN não ter ficado com a totalidade dos trabalhadores da casa.

 

Que não podia ser lá isso de ser o BIC, a assumir os encargos com aquela gente.

 

Pois tem razão. Esquece-se é de dizer que o défice trepou como trepou na sequência de uma nacionalização do dito BPN. Passa-lhe ao lado que estão os portugueses todos a pagar esses custos, assumindo com a pobreza encargos que por acaso até foram alguns dos ex-colegas de governo de Mira Amaral a arranjar.

 

Confesso-me com escassa pachorra e tolerância para as indignações dos molossos da ética de geometria variável, a quem ainda por cima tenho de pagar pensões obtidas de forma mais que imoral. Se António Sérgio Azenha - um jornalista sério e competente, como quem já tive o privilégio de trabalhar - meteu Mira Amaral no seu livro algum motivo terá.

 

 

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publicado às 15:57

 

A ver se se faz o boneco.

 

Este Governo vai pôr fim às indemnizações por despedimento.

 

Mira Amaral não entra nestes róis. É um homem de méritos, tantos que exigiu ao Estado que lhe mantivesse uma reforma de 18 mil

euros - obtida a trabalhar para instituições financeiras privadas - se o quisesse na Caixa Geral dos Depósitos.

 

Ao fim de alguns meses, pôs-se a andar do banco público, mas os mais de três mil contos mensais pagos pelo Estado português ninguém lhos tirou.

 

Agora, vem defender a extinção de serviços públicos "inúteis" e, claro, despedimento dos funcionários. Defendeu também os cortes salariais e o aumento dos horários de trabalho (esta deve ser para poder empregar menos gente).

 

Já vimos que o ex-ministro da Indústria de Cavaco não é a pessoa mais indicada para falar das poupanças do Estado. Mas há sempre uns directores de jornal com lugar nos quadros e direito a indemnização dispostos a publicar o que o senhor diz e uns governantes dispostos a ouvi-lo.

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publicado às 20:05

Problemas de identidade

por Tempos Modernos, em 26.08.11

Ontem na TVI 24, ouvi Mira Amaral afirmar que pertence à classe média.

 

O que custa nem é o homem ser engenheiro e ter feito cadeiras de probabilidades e estatística.

 

O que custa é ver esta classe média com pensões de 18 mil euros, acumulados com cargos na banca, falar sobre a crise.

 

Não seria mais condizente com a realidade chamarem um dos jornalistas precários que têm lá pela redacção, felizes - ou pelo menos conformados - por ganharem pouco mais de 500 euros?

 

Licenciados, podem puxar salarialmente para baixo a classe média a que o ex-ministro da Economia de Cavaco pertence mas ao menos estão mais na moda.

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publicado às 12:34

Um engenheiro de méritos

por Tempos Modernos, em 02.08.11

 

Com o ar amigável a que habituou o país, nas páginas do Público, Mira Amaral exigia uma central nuclear portuguesa no exacto dia em que se anunciava o desastre de Fukuxima.

 

Por estes dias, intermedeou o trespasse do BPN pelo BIC - um negócio privado que deu lucro a alguns mas custou o cumprimento do défice ao país, o aumento dos transportes públicos, o fim do 13º mês (durante quantos anos pergunta-se).

 

O senhor foi ministro da Indústria de Cavaco e sabe-se bem (embora se fale pouco disso nos jornais) que o sector produtivo foi uma das cenas que não assistiu à actuação do actual chefe de Estado enquanto primeiro-ministro.

 

Isso não impede que a vida profissional corra tão bem ao ex-ministro dessa coisa que ajudou a extinguir e que o seu passe contratual seja comparável ao preço de alguns bancos. Bancos que não assegurarão a manutenção do quadro de pessoal (a segurança social paga), nem herdarão passivos e negócios de riscos.

 

 

Nota: Em Portugal até há pouco tempo escrevia-se Fukuxima, da mesma forma que se escrevia Hiroxima. O Diário de Notícias ainda resistiu à grafia inglesa com que se topa nos sites internacionais, mas também já desistiu (apesar da tradicional qualidade da revisão). Eu não. E continuo a achar que apesar dos resultados catastróficos a palavra portuguesa maremoto é mais bonita que a japonesa tsunami. Falar do tsunami que atingiu Lisboa em 1755 parece algo deslocado.

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publicado às 10:57

Coincidências

por Tempos Modernos, em 13.03.11

 

 

 

Nem de propósito, Mira Amaral assina hoje no Público um artigo onde fala de energias renováveis e sustentabilidade.

 

O ex-ministro cavaquista - que tem uma pensão de 18 mil euros obtida de uma forma que só o seu elevado mérito justificará - não fala uma única vez da energia nuclear, a cujo lobby pertence.

 

Mais uma vez, puxa dos galões do Técnico - uma forma de se legitimar - esquecendo que o seu ex-"brilhante aluno" Carlos Pimenta não é o único engenheiro nem docente daquela casa que ataca a opção nuclear. Persiste em indicar uma ligação como docente que desconheço dos anos que lá passei, e que foram muitos. Acena o currículo também com o objectivo de humilhar  o socialista Carlos Zorrinho.

 

Ignoro se o texto de Mira Amaral terá sido podado de referência à sua menina dos olhos nuclear.

 

Há dias de sorte, eu sei. Mas no dia em que o diário publica o artigo do ilustre engenheiro a atacar as renováveis, titula também em 1ª página que "depois da devastação do sismo Japão enfrenta o pior desastre nuclear desde Chernobil". E dedica três páginas à coisa. 

 

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publicado às 21:11


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