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A administração do Banif prepara-se para fechar vários balcões da rede bancária.
Os despedimentos do Grupo fundado por Horácio Roque afectam também a seguradora Açoreana e embora os jornais refiram um máximo de 160 trabalhadores, serão pelo menos 400 os quadros, muitos deles médios, a quem foi comunicada a dispensa dos serviços, de acordo com informação apurada pelo Tempos Modernos.
Ainda de acordo com outra fonte, o grupo que ainda há pouco mais de dois anos adquiriu a seguradora Global e a sua carteira de clientes, tem estado, em simultâneo, a fazer contratações, com salários mais baixos, e a propôr a entrada a funcionários agora dispensados em companhias para outsorcing.
Num gesto inédito várias organizações não governamentais (ONG) a actuar na Guiné-Bissau alertam para o agravamento da situação humanitária naquele país africano na sequência de crise aberta no dia 12 de Abril. Além de condenarem o golpe de Estado, apelam à cooperação dos actores nacionais e internacionais e na resolução da situação através do diálogo.
Reunidas entre os dias 25 e 27 de Abril, 31 ONG, a que entretanto se juntaram mais duas, receiam que o agravar da situação esteja "a provocar escassez e subida dos preços dos bens essenciais, deslocação de pessoas à procura de segurança fora da capital com implicações em termos de educação e saúde pública, num momento em que se aproxima a época das chuvas, com alto risco de cólera e de outras epidemias."
Para ler o comunicado na Íntegra:
«Posicionamento de um conjunto de ONGs Nacionais e Internacionais na Guiné-Bissau face ao Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012
Reunido entre os dias 25-27 de Abril do ano em curso, um conjunto de Organizações Não-Governamentais (ONGs) nacionais e internacionais preocupadas com a situação político-militar desencadeada pelo golpe de Estado de 12 de Abril,
Preocupadas com as implicações e consequências políticas, sociais e económicas desta ação, nomeadamente no que concerne ao funcionamento das instituições e à segurança nacional, alimentar e sanitária das populações em geral,
Reconhecendo que o agravar desta situação está a provocar escassez e subida dos preços dos bens essenciais, deslocação de pessoas à procura de segurança fora da capital com implicações em termos de educação e saúde pública, num momento em que se aproxima a época das chuvas, com alto risco de cólera e de outras epidemias,
Considerando que com o deflagrar desta situação as condições de vida das comunidades foram também agravadas pelas limitações da capacidade de atuação das ONGs,
Considerando que esta conjuntura está a levar ao isolamento internacional do país,
Considerando que a continuidade ou agudização da situação atual levará à instauração de uma situação de emergência que colocará em causa os esforços de desenvolvimento em curso e resultará num retrocesso face aos progressos já alcançados a este nível,
As ONGs nacionais e internacionais signatárias decidem:
1. Condenar o golpe de Estado,
2. Apelar à libertação imediata de todos os detidos na sequência deste processo, ao fim das perseguições políticas, e ao respeito pelos direitos humanos, enfatizando os direitos civis e políticos,
3. Apelar à restituição da legalidade e da ordem constitucional,
4. Apelar aos atores nacionais e internacionais envolvidos na resolução desta situação a se engajarem na procura de soluções duráveis, através do diálogo,
5. Reafirmar o seu compromisso e empenho no trabalho de promoção do desenvolvimento nas respetivas comunidades, em prol do bem-estar do País,
6. Apelar às ONGs que concertem e coordenem os seus esforços, quer em termos regionais quer temáticos, de forma a minimizar os riscos e impactos potenciados com esta situação político-militar,
7. Apelar às comunidades e à população em geral para que conservem a paz, a coesão social e a cultura de solidariedade que caracteriza o povo guineense, mesmo em situações mais complexas e de crise,
8. Apelar aos operadores económicos nacionais e internacionais para que sejam solidários com a população, evitando a subida de preços dos produtos da primeira necessidade enquanto a situação prevaleça,
9. Apelar aos media nacionais e internacionais para que transmitam uma imagem mais abrangente do país, refletindo a realidade das populações e a sua voz,
10. Apelar à Comunidade Internacional para que continue a apoiar os esforços na promoção da paz, da segurança e do desenvolvimento na Guiné-Bissau.
Feito em Bissau, aos vinte e sete dias de Abril de 2012.
As organizações
1. ACEP
2. ACPP
3. AD
4. ADIM
5. AIDA
6. AIFA/PALOP
7. AJPCT
8. ALTERNAG
9. AMIC
10. CIDAC
11. CIDEAL
12. COPE
13. DIVUTEC
14. EAPP
15. EMI
16. ENGIM
17. FUDEN
18. IEPALA
19. IMVF
20. KAFO
21. LGDH
22. MEDICUSMUNDI
23. MON‐CU‐MON
24. NADEL
25. PAZ Y DESARROLLO
26. PLAN GUINEA BISSAU
27. RASALAO
28. RENARC
29. SNV
30. TINIGUENA
31. VIDA
32. ESSOR
33. MANITESE»
Em algumas zonas de maioria balanta da Guiné Bissau já se manda os portugueses irem para casa, garantiu fonte bem informada ao Tempos Modernos.
E os sentimentos locais em relação a Angola e à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa não são melhores.
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