Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


A guarda das florestas segue modelo a corrigir

por Tempos Modernos, em 29.08.16

O Governo não terá nenhuma vontade de reactivar uma Polícia Florestal cujas carreiras foram extintas há dez anos por um governo do PS.

 

Num debate televisivo, Jorge Gomes, secretário de Estado da Administração Interna, insistiu na solução então encontrada - a da integração dos antigos quadros da Polícia Florestal no SEPNA, o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR.

 

Com a importância que a floresta tem na economia nacional e com as características que em Portugal tomam, ano após ano, os incêndios florestais, será um erro filosófico de fundo insistir numa solução não exclusivamente voltada para esse sector.

 

O SEPNA acorre a derrames de óleo, a lançamentos de entulho em lugares não autorizados, a pássaros vendidos em feiras, a cães a ladrar em apartamentos. E os antigos mestres da Polícia Florestal acompanham-nos o ano inteiro nessas missões. À floresta, irão quando forem. E, ainda assim, apenas lá irão os que não tiverem sido integrados em equipas que actuem em concelhos de grande peso urbano, como o de Lisboa.

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 09:55

Histrionias de Verão

por Tempos Modernos, em 27.08.16

Os incêndios florestais em Portugal trazem sempre alguns tópicos populistas de discussão.

 

Primeiro, surge a ideia peregrina de lançar os incendiários às chamas. Já a ouvi da boca da mesma pessoa que lançava beatas de cigarro pela janela do carro e que se zangava por lhe chamarem a atenção.

 

Depois, fala-se dos desempregados e dos beneficiários do rendimento de inserção que devem se postos a limpar matas. Não ocorre aos proponentes que a falta de limpeza das florestas portuguesas também decorre das poupanças obtidas com o fim dos guardas florestais, atirados para a GNR, e até dos cantoneiros da antiga JAE. Entre a criação de empregos ligados à floresta e o forçar desempregados e pobres a limpar as matas há sempre uns quantos a preferir a segunda opção.

 

Por fim, outro tópico recorrente é o do uso dos militares no combate aos incêndios. Se há quem queira aproveitar desempregados e beneficiários do rendimento mínimo em trabalhos de limpeza de mata para o qual não têm vocação nem treino, é natural existir quem queira desviar as Forças Armadas daquilo para que elas servem e para o que são treinados.

 

Isto, embora, em caso de necessidade, as Forças Armadas possam e devam apoiar os bombeiros e a protecção civil. Como ainda agora se viu claramente na Madeira. A Força Aérea até poderá usar horas de voo em treino de ataque a incêndio. Durante o Verão o Exército pode e deve fazer treino de campo e patrulhas nas matas. A arma de Engenharia pode e deve abrir picadas e estradas corta-fogos. 

 

Mas se calhar, sem treino específico, os militares do Exército apenas serão aproveitáveis como auxiliares, na retaguarda dos bombeiros, e nas situações mais dramáticas. Não se substituem a forças de combate a incêndios bem treinadas e bem equipadas. Mas não é disso que se trata, o pressuposto desses críticos (e, por um variado conjunto de motivos, há jornalistas entre os mais excitados pelas chamas) é que as Forças Armadas gastam dinheiro e não fazem nada, tal como os desempregados e os beneficiários do rendimento mínimo. Entre a opção de planear e ordenar para evitar catástrofes e emergências, há sempre uns quantos que preferem improvisar.

 

 

 

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:52

Alminhas de automobilista

por Tempos Modernos, em 15.11.12

 

(Foto: Eventos Cicloturísticos, blogue da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta)

 

Ciclistas estão descontentes com a Avenida da Liberdade. E eu estou arrependido de ter defendido a criação de condições para que os ciclistas pudessem circular em Lisboa.

 

É rara a semana em que não tenho de me desviar de ciclistas circulando em cima do passeio. Já por várias vezes quase fui passado a ferro em passadeiras por bicicletas que não páram ao sinal vermelho para veículos e que não respeitam o sinal verde dos peões.

 

Depois, há também uma quantidade grande de ciclistas que acha razoável usar as passadeiras para atravessar a rua, e mudar de direcção, ziguezagueando entre os peões sem se dar ao trabalho de desmontar.

 

Achava que o ciclista-tipo seria um cidadão educado, consciente, preocupado com o ambiente, com o consumo energético, com a saúde. A experiência pessoal como peão diz-me o contrário. São demasiadas ocorrências para achar que é mera coincidência. 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:39

Os trabalhos da ministra de competências incertas

por Tempos Modernos, em 05.01.12

 

Assunção Cristas ainda não teve tempo de deitar cá para fora a lei orgânica do seu super-ministério, um concentrado megalómano com competências na Agricultura, Mar, Ordenamento do Território e Ambiente. E isto pese embora saber-se que andam passeando por outras mãos alguns dos presumíveis pelouros da estrelinha ultra-católica do CDS-PP.

 

 

Miguel Relvas ficou-lhe há dias com os restos mortais da Frente Tejo, uma cena de requalificação ribeirinha que se a governação fizesse sentido deveria pertencer ao Ordenamento, território da ministra. Em simultâneo, na Defesa, Aguiar Branco vai-se entretendo com os assuntos dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Ora, como se sabe, barcos são coisa que nada tem a ver com Mar, verdade?

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 19:45


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.



Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2017
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2016
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2015
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2014
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2013
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2012
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2011
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D