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(Fonte: O Mensageiro, The Postman, 1997)
... será vendida até Dezembro.
O negócio está nas mãos de Pires de Lima, ministro do CDS-PP.
Seria significativo que o maior partido da oposição (e os outros também) avisasse a navegação: "Quando chegarmos ao Governo renacionalizaremos os CTT, um tipo de empresa que até nos livres Estados Unidos é uma empresa federal, e garantimos que não pagaremos indemnizações a quem agora se chegar à frente."
Era vê-los virem.
(Foto: dinheirovivo.pt)
Portugal parece não ter um plano B para quando as políticas de austeridade falharem. Mas não será por falta de avisos antigos. Até porque vai falhar, como se sabe bem desde antes de Passos Coelho ter sido sequer eleito. Sócrates ajudou, mas a situação internacional empurra para o desastre. Para quem duvidar, estão aí vários nobel da Economia a dizê-lo. Não é que Stglitz e Krugman sejam nariz de santo, mas é que os que costumam duvidar são os mesmos que ouvem os economistas com uma fé que não dedicam a Nossa Senhora de Fátima.
O que já se duvida é que falte a Portugal um Plano B para a eventual queda do Governo ou chumbo do Orçamento de Estado. Basta dar uma volta pelas caixas de comentários de blogues e jornais para ver que o cheiro a fumo branco já encheu o Largo do Rato. Mas em Belém não deve haver interesse em convocar novas eleições e, chamuscado com a experiência santanista de Jorge Sampaio, Cavaco deverá recear procurar um novo primeiro-ministro apenas dentro da actual maioria de direita.
Já um Governo tecnocrático de iniciativa presidencial e base alargada deverá estar a ser equacionado. Sabe-se que depois de se anunciar a TSU, Cavaco, que não tem a esquerda da CDU e do BE representada no Conselho de Estado, demorou duas semanas a receber a CGTP. Aquilo é gente que valoriza a estabilidade política acima de todas as outras. Rui Rio, Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes, António Vitorino, António Costa, Vítor Bento, Eduardo Catroga, Bagão Félix devem ser alguns dos nomes revirados. Portas precisa de uma sabática e não poderá entrar, mas, num cenário destes, um Pires de Lima ministro não será uma aposta arriscada.
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