Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Títulos como este fazem tocar a rebate muito sino partidário.

Não ganharia a Marcelo Rebelo de Sousa, mas em tendo condições pessoais Manuel Carvalho da Silva poderia pensar na velha ideia de concorrer a Belém. Seria um candidato capaz de fazer um pleno de apoios à primeira volta.

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:51

Um grupo de incapazes

por Tempos Modernos, em 07.10.17

O uso pelos jornalistas do termo Geringonça para designar o Governo chefiado por  de António Costa e viabilizado pela esquerda parlamentar é deontologicamente inaceitável.

 

Que o utilizem dezenas de quadros das secções de política de jornais e televisões mostra um grupo incapaz de reflexão crítica.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 16:15

O generalato emagreceu

por Tempos Modernos, em 27.09.17

Os anúncios de pedidos de passagem à reserva de oficiais-generais  tenderão a multiplicar-se por razões que pouco têm que ver com a condução política conjuntural do Ministério da Defesa, como certos comentários podem fazer crer.

 

O dispositivo operacional do exército português assentou durante bastante tempo numa lógica de quadrícula territorial. Isto multiplicava os lugares de generais de três estrelas e dos seus segundos comandantes.

 

No pós-25 de Abril, no essencial, com quatro regiões militares e duas zonas militares, comandadas por oficiais-generais. Em regra, as primeiras eram comandadas por generais de três estrelas e as segundas por generais de duas estrelas. Brigadeiros (e depois os seus substitutos majores-generais) comandavam brigadas operacionais independentes - durante muito tempo apenas a (Mista e depois Mecanizada) de Santa Margarida.

 

Havia ainda estruturas com competências técnicas no âmbito da acção das armas e dos serviços: cinco direcções de armas e várias direcções de serviços. Os directores das armas eram generais de três estrelas e os dos serviços generais de duas estrelas.

 

Em relação ao antecedente, o novo paradigma assenta em grandes unidades operacionais de nível brigada, que são neste momento comandadas por generais de uma estrela - uma novidade já com alguns anos. A já não tão recente lei orgânica limita bastante o quadro de oficiais-generais, designadamente no que toca aos generais de três estrelas - que perderam pelo menos nove lugares.

 

Neste contexto, de cada vez que ocorrerem promoções a tenente-general o mais provável é que se assista ao pedidos de passagem à reserva dos majores-generais que não foram promovidos e que se viram ultrapassados na antiguidade.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 12:11

Pareceram-me a mesma pessoa

por Tempos Modernos, em 30.08.17

Ouvi hoje Cavaco falar na universidade de Verão laranja em Castelo de Vide e Maria Vieira apresentar na TVI o livro com os seus comentários numa rede social.

 

Não consegui distinguir um do outro. 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:22

O indizível

por Tempos Modernos, em 26.06.17

O primeiro-ministro que mandou os portugueses emigrarem e deixarem de ser piegas resolveu cavalgar o incêndio de Pedrógão Grande falando de um suicídio ocorrido por falta de apoio psicológico.

 

Mesmos queitinhos, seria complicado que Passos Coelho e o PSD não fossem politicamente beneficiados pela catástrofe.

 

A voracidade com que o presidente laranja se atirou à oportunidade que viu nascer da tragédia ilumina um carácter.

 

Escusa de pedir desculpas e dizer que se enganou. Há coisas indizíveis.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 20:15

Que vias na social-democracia?

por Tempos Modernos, em 12.06.17

Animam-se muitos (aqui e aqui, por exemplo) à esquerda com os resultados do trabalhista Jeremy Corbyn nas legislativas do Reino Unido. Acreditam mesmo que poderá ditar reversões a nível internacional nas tendências liberalizantes da social-democracia.

 

Em França, o candidato do PSF à presidência, Benoît Hamon, também veio da franja esquerda do partido socialista e acabou copiosamente derrotado. Ficou até atrás de Melenchon, o candidato presidencial apoiado pela esquerda da esquerda. Talvez tenha sido afectado pelo efeito Hollande que, militante do PSF e após a chegada ao Eliseu, depois de derrotar Sarkozy, deitara por terra as esperanças de muitos eleitores numa França governada à esquerda.

 

Depois, muitos socialistas um pouco por todo o lado garantiram que em França teriam votado em Macron, que fora ministro de um Executivo do PSF. Hamon pode não ter conseguido sobreviver à espargata entre Melenchon e Macron e à fuga de eleitores habituais provenientes das franjas esquerda e direita do PSF.

 

Jeremy Corbyn não tem contra si os efeitos erosivos de uma governação recente como teve Hamon, mas ainda assim talvez seja complicado antecipar mudanças definitivas de rumos políticos e de resultados.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:49

Uma que não deixa saudades no jornalismo

por Tempos Modernos, em 11.06.17

Raquel Abecassis terá deixado o jornalismo para concorrer a uma junta de freguesia lisboeta nas listas do CDS-PP e de Assunção Cristas. Talvez seja melhor no exercício do cargo do que no exercício jornalístico.

 

Fez parte durante anos dos quadros da Rádio Renascença, um canal de referência noticiosa, onde chegou a directora-adjunta, e fez muitas vezes análise política nas televisões. Nos últimos tempos escreveu no digital da estação artigos contra a pós-verdade, embora nada a recomendasse para se insurgir contra as ideias falsas propaladas como verdadeiras.

 

A seguir às últimas legislativas, Raquel Abecassis insurgiu-se contra a Constituição que retardava a formação de Governo. A Lei Fundamental é um suspeito habitual, mas o prolongar do tempo para a entrada de um Governo em funções deveu-se mais à acção lenta e ressentida de Cavaco - em quem provavelmente Raquel Abecassis votou - do que ao que está escrito nos vários artigos do capítulo acerca da Formação e Responsabilidade do Governo.

 

Nada do que ali vem impede que um Governo entre em funções num prazo de duas semanas, no máximo de três, após as eleições. O Presidente da República tem de ouvir os partidos, o que pressupõe que estes falem primeiro entre eles, a remoer resultados, durante um par de dias após as eleições. Isso dá depois outro par de dias para o PR ouvir os partidos, outro tanto para para tomar uma decisão. E entretanto estamos no sábado seguinte. O PR nomeia, o Governo tem dez dias para apresentar o programa à Assembleia da República, o Parlamento três para o discutir. E o Governo entra em efectividade de funções. Está tudo escrito entre os artigos 187º e 192º da Constituição.

 

Mas Raquel Abecassis resolveu lançar-se à Constituição e opinar contra o que lá vem realmente escrito, sem que nas semanas seguintes isso a impedisse de criticar a chamada pós-verdade noticiosa - uma coisa que ela própria vinha ajudando a construir.

 

Olhe-se por onde se olhe nada recomendará muito Raquel Abecassis como jornalista e analista política.

 

Raquel Abecassis pode não ter lido a Constituição e pode ter falado de cor, o que revela uma prática jornalística medíocre.

 

Raquel Abecassis pode ter lido a Constituição e não ter percebido o que leu, o que também não lhe revela especiais dotes no exercício da profissão.

 

Raquel Abecassis pode ter lido a Constituição, ter percebido o que lá vem escrito e mesmo assim ter opinado como opinou. E isso arrasa quaisquer qualidades jornalísticas.

 

Olhando à volta, para a classe, acredito bastante que Raquel Abecassis caiu numa das duas primeiras possibilidades. A classe tem as qualidades, competências e capacidades de reflexão que tem. Chamam-se uns aos outros e reproduzem-se. E então nas chefias a mediocridade directamente proporcional aos egos é confrangedora. E isso reflecte-se dramaticamente na qualidade da informação produzida.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:07

O Círculo de Leitores lança este trimestre O Arquipélago de Gulag, de Aleksandr Soljenítsin.

 

Há meia-dúzia de dias, através do formulário de contacto da Sextante que tem publicado os livros do autor, perguntei se estava prevista a edição da obra. Queria complementar com uma possível novidade algo que estava a escrever.

 

Ainda aguardo a resposta e ainda bem que publiquei o postado sem esperar por eles. Podia ter pegado no telefone, mas era aqui para o blogue, o que os desmotivará a responder, e não tinha especial urgência. Afinal, bastava que me tivessem escrito Sim, vai sair primeiro no Círculo de Leitores. Podiam até acrescentar, caso fosse o caso, que a informação estava embargada. Valia a pena estar a fazer a via sacra das passagens de telefonemas e ocupar um par de pessoas, além de mim, com uma resposta tão rápida?

 

Devo continuar a acreditar em elfos e no Pai Natal do mesmo modo que acredito no jornalismo asseado. Fala-se muito da instantaneidade das redes sociais, mas e o e-mail e os formulários de resposta - que permitem a mesma rapidez - continuam a não ser usados por uma série de gente. Nem sei para que os têm.

 

Quando o livro baixar dos 30 euros, daqui a uns 18 meses, compro-o. Quem já aguardou tanto tempo pela leitura de O Arquipélago de Gulag, pode esperar mais um pouco.

 

Ainda algumas notas: pela rápida vista de olhos à revista do Círculo de Leitores não se percebe se a tradução é feita do original russo. O texto de apresentação põe a tónica no prefácio de Natália Soljenítsina, a mulher do autor, que descreve as complicadas condições de escrita e de publicação da obra e perseguições políticas sofridas pelo vencedor do Nobel da Literatura de 1970, o ano em que nasci. Também não se faz um enquadramento do controverso percurso ideológico e intelectual do autor e da sua defesa de uma "Rússia profunda, ainda impregnada de cristianismo" - como se pode ler no texto de apresentação de A Casa de Matriona seguido de Incidente na Estação de Kotchetovka, outras obras disponíveis.

 

E, entretanto, ainda não sei se está também prevista a reedição de O Pavilhão de Cancerosos.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:58

Preocupações nada científicas

por Tempos Modernos, em 08.02.17

Às vezes, o politólogo André Freire sai-se com umas ideias de aproximação dos eleitos aos eleitores que não se vê muito bem que efeito trarão que não o de estragar a proporcionalidade, beneficiar os candidatos a deputado que aparecem muito nas televisões e reforçar a bipolarização.

 

Finalmente, parecia dizer umas coisinhas com mais sentido. Mas estragou tudo quando explicou o título do seu novo livro, Para lá da "Geringonça":

 

"A capa mostra os festejos da queda do Muro de Berlim, mas é a palavra geringonça que se destaca. Está entre aspas, pois André Freire não se revê na adjetivação promovida pela direita: «Tive alguma resistência em o aceitar após ter sido sugerido pelo editor, mas acabei por dizer sim porque é um título mais sexy do que o académico e enfadonho que eu tinha». Não gosta do termo porque é «pejorativamente criado, por Vasco Pulido Valente e depois Paulo Portas, para tentar classificar uma parte de forma depreciativa», mas reconhece que facilita a vida ao leitor."

 

Em desacerto deontológico cedeu à pressão comercial e escolheu um título que engana o leitor quanto às convicções e pressupostos científicos e de cidadania de que o autor parte.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:29

Cavaco receia "ignorância de alguns" dirigentes europeus

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:53


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.



Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2017
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2016
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2015
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2014
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2013
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2012
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2011
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D