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Problemas dos referendos num par de respostas do escritor Ian McEwan, em entrevista ao Diário de Notícias:
Os referendos sobre o futuro de um país tendem a amarrar os povos a posições definitivas, ao contrário das eleições que permitem mudar políticas de quatro em quatro anos. Não dá para saírem e voltarem a entrar quando se fartarem. E terá sido nisso que Cameron pensou. Segundo o escritor, o ex-primeiro-ministo britânico acreditava que através do referendo amarraria sucessivas gerações de governantes à União Europeia.
Com o dispositivo cultural bem montado na comunicação social, que esperanças terá o Bloco de Esquerda nos resultados de um referendo ao tratado orçamental?
Os resultados de um referendo são diferentes dos resultados de uma eleição. Atam e complicam mudanças. Uma decisão discreta no tempo perpetuada como se fosse um ponto de vista contínuo.
As mudanças de governo e políticas, que em cada eleição legislativa se podem fazer, ficam francamente dificultadas com um referendo.
Contra a loucura europeia, o referendo pode ser uma arma. Não será a melhor solução, ou o caso grego já está esquecido?
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