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Uma comédia lisboeta

por Tempos Modernos, em 22.10.16

Santana Lopes prometeu resolver a situação do Parque Mayer em menos de um ano.

 

Chegado à câmara de Lisboa, rodeado de garotos e de santanetes, apagou planos anteriores de recuperação do Parque e contratou novo arquitecto, o caríssimo Frank Ghery.

 

Entretanto, encerrou a Feira Popular e embrulhou os dois assuntos num pacote que envolveu a Bragaparques. Cerca de 14 anos depois, segue devoluto o espaço no centro de Lisboa onde em tempos funcionou a feira. E segue alvo de dissensos.

 

Década e meia depois de ter chegado à cidade, ainda estão por resolver os problemas que Santana Lopes arranjou. E ainda há quem pense periodicamente no seu regresso à capital.

 

 

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publicado às 18:31

Queixa-se do quê?

por Tempos Modernos, em 25.05.13

 

(Foto tvi.iol.pt)

 

 

Confesso não ter a mínima pena de Rui de Carvalho, autor de uma queixosa carta às Finanças.

 

Só tem o que ao longo de décadas ajudou a semear.

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publicado às 21:58

O flagelo Santana

por Tempos Modernos, em 01.04.13

 

 

(Foto: Bola.pt)

 

Sobre o Governo de Santana Lopes, escreveu-se bastamente.

 

Sobre a prévia tresloucada passagem do antigo primeiro-ministro pela autarquia lisboeta e que até fez cair António Guterres, nem por isso.

 

Há dias assinalaram-se dez anos sobre o fecho da Feira Popular, uma daquelas decisões inconsequentes, tomadas em cima do joelho por Santana Lopes, com o apetecível espaço imobiliário por lá deixado ao abandono, à ruína.

 

Deixou um túnel no marquês (cuja lógica viária e para a sustentabilidade de uma política de transportes é mais que duvidosa), um jardim no Arco do Cego (com um pavilhão arruinado e a servir de parque de estacionamento). 

 

Que a Fundação "O Século" tenha perdido a Feira Popular enquanto fonte de rendimentos e tenha de inventar novos negócios para viabilizar projectos sociais é apenas uma das consequências das políticas de Santana Lopes, actos que destroem a longa distância e que muito depois de cometidos continuam a ter consequências.

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publicado às 10:57

A luta política por outros meios

por Tempos Modernos, em 31.03.13

 

(Foto: Bola.pt)

 

Na semana passada, na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa apenas disse uma coisa interessante: que até pode andar muita gente a dizer mal da Constituição, mas esquecem-se que os artigos da Lei Fundamental que derrubarão o Orçamento de Estado são artigos que todas as constituições democráticas têm. Ou seja, acrescento eu, trata-se artigos que por lá continuarão mesmo se o texto vier a ser alterado, extirpando arcaísmos como o direito à saúde, à educação, à habitação e lá essas coisas de que as pessoas precisam para viver. 

 

O Governo rabeia com a possibilidade de ver chumbado o Orçamento de Estado dois anos seguidos. Passos Coelho e Gaspar mostram-se incapazes de cumprir a lei, mas pelo discurso parece que foras-da-lei são os juizes do Constitucional. Cavaco não sabe o que fazer com a Constituição e não serão os assessores que o auxiliarão, Não o deixam publicar coisas nas redes sociais em vez de o aconselhar a portar à altura do cargo que exerce? Rebelo de Sousa veio pôr água na fervura dos defensores das mudanças constitucionais. Logo ele que nem será um particular adepto do texto actual.

 

Nos jornais, preferiu destacar-se as suas boas-vindas a Sócrates bicando Rui Gomes da Silva. Em 2004, este ministro de Santana Lopes contribuiu para o fim da primeira estada de Marcelo na TVI. Ao que por aqui se pensava, em 2011, não se mudou uma vírgula. A coisa piorou entretanto, com a chegada de outros compères, embora Rebelo de Sousa tenha sugerido que isso é uma coisa boa.

 

No caso presente, José Sócrates apenas ocupa um espaço que outros lhe dão. Não será a primeira vez que a comunicação social promove tempos de antena travestidos de jornalismo e comentário. Não há nenhum motivo para votar José Sócrates ao ostracismo, nem para que - como já muitos lembraram - os que se zangaram com a Grândola cantada a Relvas andem agora a promover petições para calar o ex-primeiro-ministro.

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publicado às 21:29

Eu cá vejo isso como uma esplêndida oportunidade

por Tempos Modernos, em 26.03.13

 

(Foto: http://blogs.csdvt.org/ppsunifiedarts/) 

 

 "Santana Lopes diz que há perigo de queda do Governo".  

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publicado às 10:47

As lebres de Belém

por Tempos Modernos, em 17.03.12

 

Fará em breve dez anos que, na secção de Política por onde então passava, e a propósito não sei de quê, tive de escrever sobre Santana Lopes, o autarca lisboeta.

 

Cito de cor, mas o que disse foi que por esta altura Santana seria já "um respeitável cinquentão" e que Belém lhe calharia bem. Curioso como certos políticos (eu diria todos) são tão previsíveis. É que foram os mesmos argumentos que o próprio agora usou alinhando-se para a corrida presidencial que se avizinha. É que já ninguém conta com Cavaco.

 

António Costa também aí anda. Mas merece um outro post. A quatro anos do fim de mandato do Presidente da República, estes esticares do pescoço para fora das carapaças mostram bem o estado em que Cavaco se encontra.

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publicado às 08:10

Santana não tem memória histórica

por Tempos Modernos, em 15.03.12

 

Pedro Santana Lopes tem razões de queixa de Cavaco. O agora Presidente da República ter-lhe-á dedicado uma alegoria sobre a má moeda expulsando a boa e o antigo primeiro-ministro tem aproveitado todas as oportunidades para vincar o que considera serem as falhas de Cavaco.

 

Quem lhe acabou com o Governo foi Jorge Sampaio, no entanto, mesmo assim, Santana "não conhece precedentes" de declarações como as feitas por Cavaco a propósito de Sócrates.

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publicado às 21:36

Cavaco, primeiro-ministro, legou a  Guterres um país sem indústria produtiva, sem pescas e sem agricultura, sem parte significativa de transferências devidas da segurança social e com milhares de funcionários de Estado a recibo verde. Legou também o modelo das parcerias público-privadas, que o engenheiro tratou de multiplicar, não pondo fim ao processo de desindustrialização nem de ruína do sector primário. Seguiu com a Expo, que transformou um parque industrial envelhecido num aglomerado suburbano mas caríssimo e à beira-rio. Construiu estádios de futebol.

 

Quando Guterres se lembrou de taxar as mais-valias bolsistas, os jornais trataram de lhe desfazer o estado de graça. Taxar pelo mesmo imposto pequenos utilitários e jipes, retirados da classificação de viaturas de trabalho, foi na mesma altura considerado um escândalo pelo mercado automóvel.

 

Vieram Barroso, Portas e Ferreira Leite, sucedidos por Santana, Portas e Bagão Félix e por Sócrates e Teixeira dos Santos. Nem se apostou na Indústria, nem na Agricultura e Pescas, nem no fim das ruinosas parecerias público-privadas. Já eram os tempos do euro, da moeda. Atropelado pela auteridade e por cortes o país lá ia convergindo para o cumprimento do défice, os portugueses para a pobreza, pelo menos os do costume.

 

Entretanto O BCP e o BPN cresciam. Ocupavam mercado financeiro com figuras de proa do laranjistão à frente. Depois foi o descalabro. Com sortes diferentes, Oliveira e Costa e Dias Loureiro são apenas duas das figuras envolvidas na trapalhada. Suspeitas de crime, constituição de arguidos, nacionalizações. Os lucros privados dos ex-ministros, e outros, resultando na socialização dos prejuízos. O défice trepando brutalmente para evitar "riscos de contágio". O PS voltando a pedir ao FMI para aterrar na Portela.

 

Agora, sabe-se que as contas da Madeira, secularmente governada pelo PSD local, eram tudo menos fiáveis. Com a tróica bem instalada e com os seus comanditados querendo mostrar serviço, o défice de 2008, 2009 e 2010 terá mais uma vez de ser revisto.

 

Os comentadores mais sonoros não têm deixado de unir o PS inteiro na responsabilidade da situação que o país atravessa. Afinal, os congressos do socratismo foram marcados pelas vitórias monolíticas do primeiro-ministro. Mas já era tempo de lá juntarem o PSD, que apesar da intervenção dos bancos e da Madeira parece acabar sempre por fugir entre as gotas da chuva. Vantagens de se ser um saco de gatos.

 

Num dos casos, dizem que era gente de outro chefe, eles que se amanhem que o PSD e a sua cultura nada têm a ver com isso. No outro é uma pandilha que só vai a votos sob a égide do PSD, mas aquilo até é outra coisa, outro partido, como o comprova o M de Madeira, acrescentado à frente do nome.

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publicado às 11:33


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