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Caso nunca se tenha reparado, por estas bandas não se segue o novo acordo ortográfico.
Não é por isso que se percebe a atitude de Vasco Graça Moura. Alto quadro de nomeação política, o escritor consegue escapar às orientações da tutela.
É a velha história de uns porcos serem mais iguais que outros.
Depois da entrada em processo de desobediência civil quanto ao uso do acordo ortográfico no CCB, Vasco Graça Moura anuncia um conselho directivo a que pertencem Luís Campos e Cunha e Estela Barbot.
São mais conhecidos pelos seus pontos de vista sobre Economia e pró-FMI, mas os méritos dos escolhidos serão amplos.
Assim de repente, Campos e Cunha foi há dias convidado a escolher um filme para ver e apresentar num ciclo da Cinemateca dedicado à Economia (já agora, optou por O Mundo a Seus Pés). Pelo apelido, Estela Barbot será prima do escritor Mário Cláudio.
Mas se se lhes espiolhar as folhas corridas, haverá, de certeza, outras cenas a justificar as escolhas.
A nomeação de Vasco Graça Moura para a direcção do Centro Cultural de Belém (CCB) tem sido gerida da pior forma possível.
Se o currículo do escritor é quase irrepreensível (infelizmente, há o seu alter ego de cronista caceteiro e a defesa da pena de morte), o recente ataque de vários militantes laranjas a lugares apetecíveis (EDP e Águas de Portugal) acabou por ensombrar a escolha.
Como um mal nunca vem só agora é o conselho directivo do CCB que se demite em bloco por reprovar "eticamente a forma como a Secretaria de Estado da Cultura conduziu o processo, por alegadamente ter, numa primeira fase, garantido a recondução de Mega Ferreira e depois invocar a impossibilidade política da recondução."
Entre os demissionários, encontra-se Laborinho Lúcio, antigo ministro da Justiça cavaquista.
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