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A Bola de hoje tem como manchete "Rafa mais perto do FC Porto". Já o Record tem como manchete "Rafa mais perto do Benfica".

 

Quem se trama é o leitor, que fica por informar com as notícias divergentes dadas pelos dois jornais. Mas quem ganha com estas manchetes? Os clubes de destino, o Sporting Clube de Braga, o jogador, o empresário do jogador?

 

Uma questão é obvia. Ao mostrar rivalidades de dois clubes na corrida pelo mesmo jogador, melhoram-lhe o preço.

 

O caso das viagens pagas pela Galp também traz dividendos divergentes. Se serve à oposição, também serviu à petrolífera pois fragiliza um contendor no diferendo fiscal com o Estado.

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publicado às 11:42

Apagou-se-lhes a chama?

por Tempos Modernos, em 08.08.16

Curioso, que os alinhamentos noticiosos e as primeiras páginas dos jornais de hoje já não guardem referências directas* ao caso das viagens de governantes à vista de toda a gente e pagas pela Galp.

 

Ou os actores do PSD e do CDS-PP foram de férias ou o novo emprego petrolífero de Paulo Portas (e os incêndios florestais) lembrou-os de que correm o risco de sair chamuscados desta guerra. A ver se se contêm mais uns dias ou se não resistem, que a coisa tem potencial.

 

* A propósito do novo emprego de Portas, o jornal i fala de nova legislação do PS acerca de transparência

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publicado às 10:13

Anos a porem-se a jeito (depois queixem-se)

por Tempos Modernos, em 07.08.16

Pelo que representa de uma certa atitude cultural, o caso é grave e os comportamentos dos três governantes não são admissíveis.

 

No entanto, quando li o título "Quero quando não posso e não quero quando posso", julguei que Francisco Louçã se referia à situação.

 

Afinal não. Quem identifica um certo discurso de modo claro é o autor do blogue O Jumento com o título "Putas velhas armadas em virgens puritanas."

 

Aproveitando o articulado usado hoje - por uma jornalista sempre opiniosa e pouco dada ao exercício do contraditório - numa entrevista conduzida a meias: serão senhores "de um percurso e  uma coerência peculiares".

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publicado às 15:59

Do sensato que é fiarem-se do bom-senso

por Tempos Modernos, em 05.08.16

Todos sabemos como não existe nada mais bem distribuído do que o bom-senso. Pelo menos desde Descartes, que o escreveu no Discurso do Método, obra estudada na adolescência pela maioria dos que fizeram o secundário na área de Humanísticas. Admite-se que muitos não devem ter percebido a ironia.

 

Antes deste jornalista falar, no mesmo canal, um outro, Nicolau Santos, mais inteligente e recomendável, que é injusto associar ao primeiro, falava da falta de bom-senso dos governantes que aceitaram viajar a expensas da Galp ao Euro 2016.

 

"Basta ter bom senso para se saber que há coisas que não se podem aceitar de todo."

 

Como o Diabo de Passos Coelho, o bom-senso dominou outras peças do noticiário.

 

Primeiro, falaram dos banhistas que marcam de lugares na praia de Armação de Pera, deixando os pertences no areal desde o dia anterior de modo antecipando-se a outros. "Não havendo enquadramento legal ou edital de praia que impeça casos como o dos chapéus de sol que pernoitam fica o apelo da autoridade marítima, Haja bom-senso."

 

Depois, as notícias saltaram para as salas de espectáculo: "Aquele momento em que chega ao cinema e há uma mensagem que avisa, por favor, desligue o seu telemóvel, por pirncipio, por lei ou por ou simples bom-senso todos sabem que é mesmo para desligar ou tirar o som."

 

Bom-senso que basta, dizia Nicolau Santos. Sim, mas é o mesmo bom-senso que recomendaria que dezenas e dezenas de veraneantes não reservassem lugar na praia - borrifando-se para os direitos dos outros. Exactamente, o mesmo bom-senso que nos garante que nunca fomos incomodados por gente a atender o telemóvel no cinema ou a ler e enviar SMS.

 

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publicado às 12:21

O primeiro impulso para mudar de canal veio quando o experiente jornalista de política  de um canal televisivo disse que

 

"Nas próximas horas […] vai haver essa troca de argumentos, constitucionalistas a favor e contra, juristas a favor e contra, e as leis são sempre dúbias. Em Portugal, as leis são sempre dúbias."

 

Anda a humanidade há milénios e milénios com tribunais e juízes atrás para derimir conflitos e afinal descobre-se que as leis dúbias são uma realidade portuguesa. Aguentei estóico, para manter as metáforas vindas da Antiguidade. Mas depois, o jornalista acrescentou que

 

 

"Se a lei não é clara, mudem a lei. Não façam um código de conduta."

 

Todos ouviram falar de leis a pedido e por aí fora, mas em nada se recomendam as análises deste experiente jornalista de política: Defende a mudança casuística da lei por uma questão conjuntural e ignora toda a imensa critividade humana para encontrar buracos e omissões mesmo nos mais cerrados articulados legais.

 

Fui fazer o jantar.

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publicado às 12:08

Divergências no tempo e no modo

por Tempos Modernos, em 04.08.16

BE e PCP tomaram posição acerca das viagens de Rocha Andrade ao Euro 2016 pagas pela Galp.

 

O CDS-PP considerou ensurdecedor o silêncio dos partidos de esquerda que apoiam o Governo.

 

A crítica dos partidos da esquerda já saiu, mas não é suficiente para o grosso dos leitores que comentam a notícia no Expresso digital.

 

Os do CDS-PP precipitaram-se propositadamente. Já sabiam que BE e PCP iriam reagir como reagiram, mas enquanto o pau vai e vem sempre mantêm o Governo em lume brando

 

Quanto aos comentadores da edição online do jornal, a questão é de outra natureza. Há neles uma grande falta de capacidade hermenêutica e de análise.

 

Só analfabetos políticos esperam que um partido apoie uma determinada solução governativa e ao mesmo tempo estique em público, e de modo cego, a corda das críticas a um parceiro.

 

 

 

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publicado às 14:16


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