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Lata e impunidade

por Tempos Modernos, em 03.08.13

 

(Foto: rr.sapo.pt)

 

Durante demasiados anos, o Comité Olímpico Português teve Vicente Moura como dirigente máximo - um trabalho temperado com rasgos de autoritarismo, gaffes e falta de respeito por atletas.

 

Os resultados nunca saíram da banalidade e as episódicas medalhas deveram-se bem mais a rasgos individuais do que a um trabalho de continuidade.

 

Substituído o comandante, já se confirmou que voltamos a andar mal servidos de dirigente.

 

José Manuel Constantino anunciou há dias que Miguel Relvas será Alto Comissário da Casa Olímpica Portuguesa no Brasil.

 

Ou o presidente do Comité Olímpico Português chegou ontem de Marte ou tem uma exigência muito baixa em relação ao perfil ético e de cidadania dos que escolhe para consigo colaborar.

 

Só uma das duas justifica que ache que o ex-ministro, tendo passado pelo Governo como passou, tenha condições para assumir seja qual for o cargo público ou de representação nacional.

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publicado às 18:44

Londres não é para medalhas

por Tempos Modernos, em 14.07.12

(foto: Record)

 

Nos últimos jogos olímpicos, Marco Fortes atreveu-se a fazer uma piada com o seu insucesso na prova de lançamento do peso: “Cheguei à conclusão que de manhã só estou bem na caminha. Lançar a esta hora foi muito complicado. Apesar de ter entrado bem na prova, com dois lançamentos longos com mais de 19 metros, no último as pernas queriam era estar esticadas na cama.”

 

Caiu-lhe o país em cima, que os autóctones são de indignação fácil e ruidosamente histérica com os assuntos irrelevantes e com os sentidos de humor pouco óbvios. O melhor lançador de peso português de sempre, com marcas relevantes (ainda agora confirmadas no Europeu de Atletismo), numa disciplina sem tradição nacional, acabou por pedir desculpa. Como se fosse uma fortuna a bolsa que recebia para treinar, como se Portugal investisse nos seus atletas de alta competição, recordistas ou vencedores de medalhas, um avo do que investe nos futebóis*. 

 

Vicente Moura, o eternizado presidente do Comité Olímpico (COP), juntou-se ao coro. Marco Fortes acabou por regressar mais cedo de Pequim, de castigo. O dirigente falou do brio e profissionalismo dos atletas, da sua cultura e educação; foi contestado; viu Rosa Mota ser apontada para ser sua sucessora; sem grande convicção aparente, ameaçou deixar a presidência do COP para depois reconsiderar; pôs em causa a eficácia da preparação dos desportistas, pediu o apoio das federações para fazer mexidas profundas na instituição; vincou a necessidade de aprender com a missão a Pequim.

 

Passaram quatro anos e, desta vez, Vicente Moura não promete medalhas. Resta saber se é apenas por receio da fasquia demasiado alta, como em 2008, ou também pela fé no trabalho entretanto desenvolvido.

 

*As três medalhas conquistadas por atletas portuguesas em Helsínquia, entre os dias 27 de Junho e 1 deste mês, ficaram bem mais baratas que o hotel escolhido pela selecção de futebol para ficar no Euro 2012. E quem deu por elas no meio do ruído que envolveu os pupilos de Paulo Bento - embora unido, o mais fraco grupo de selecionados dos últimos anos?

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publicado às 16:04


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