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No final do ano passado, um grupo não dispiciendo de jornalistas de política deu Vieira da Silva como um ministro que agradaria à Esquerda.
A afirmação é apenas mais uma das muitas que expõem as fragilidades de análise de um grupo maioritariamente pouco capaz de dizer coisas que colem com a realidade.
Vieira da Silva já em tempos tinha mexido o Código de Trabalho de Bagão Félix a favor dos patrões, o que não era de molde a deixar a esquerda descansada. Medidas nascidas e propostas pela direita e amplamente criticadas à esquerda, acabam reequacionadas por Vieira da Silva.
Recentemente, mostrou-se incapaz de pensar fora do esquematismo liberal, quando solicitado a fazê-lo pelo Reitor da Universidade de Coimbra - o que mais vincava a alienação de grande parte do grupo dos jornalistas de política.
Agora, Vieira da Silva volta a aproveitar uma ideia da Direita e entrega um catita cabaz de Natal aos patrões da CIP, CCP e CAP, ao pôr os contribuintes a subsidiarem-lhes (através da redução da Taxa Social Única) um muito atrasado aumento do salário mínimo nacional.
António Costa pode dar voltinhas, falar de Natal e pôr os tuítes oficias do PS a dizer que fecharam 2016 com chave de ouro.
No essencial e na substância, fecha o ano com uma traição dos acordos que lhe têm mantido o Governo, disse-lhe a esquerda parlamentar com todas as letras, aqui, aqui e aqui. Entre a tentação da maioria absoluta e da aliança com o sucessor de Passos Coelho, o PS balançará?
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